Um estudo com cerca de 23 milhões de pessoas e que analisou quase uma década de dados concluiu que o Bolsa Família contribui para reduzir a incidência de HIV/Aids e a mortalidade pela doença entre os mais pobres.
Entre 2007 e 2015, foram registrados 41% a menos de casos de Aids entre quem recebe o Bolsa Família em comparação aos que não receberam. A probabilidade de um beneficiário morrer por causa da doença também foi 39% menor.
A pesquisa é da Universidade Federal da Bahia e da Fiocruz, em parceria com a Universidade da Califórnia, em Los Angeles. A análise considerou dados anônimos de quase 23 milhões de brasileiros do CadÚnico.
Foram encontradas mais de 22 mil pessoas com Aids. Destas, 9 mil eram beneficiárias do Bolsa Família, enquanto 13 mil não faziam parte do programa. Ainda neste cenário, foram cerca de 7,6 mil óbitos decorrentes da doença, 42% entre quem recebia o auxílio e quase 58% entre não beneficiários.
Para uma das pesquisadoras, o estudo pode embasar novas políticas públicas. Mais de 40,4 milhões de pessoas morreram em decorrência da Aids no mundo desde os anos 1980, quando surgiu a epidemia. Segundo a ONU, cerca de 39 milhões de pessoas viviam com o HIV em 2022.
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