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Delegado acusado de planejar morte de Marielle se disse amigo dela

Repórter Brasil

No AR em 25/03/2024 - 19:00

A prisão do delegado Rivaldo Barbosa chocou o país. Ele assumiu a chefia da Polícia Civil do Rio de Janeiro na véspera da morte da vereadora. Ele se apresentou como amigo de Marielle e confortou a família. Mas acabou denunciado como mandante do crime. 

Um dia depois dos assassinatos de Marielle e do motorista dela Anderson Gomes, Rivaldo disse que a polícia do Rio de Janeiro tinha credibilidade e competência para esclarecer o caso. Mas durante cinco anos as investigações nunca chegaram a uma conclusão. E enquanto o nome do conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Domingos Brazão já havia sido citado no início das apurações, a suspeita contra Rivaldo Barbosa chocou a família de Marielle. 

O relatório final da Polícia Federal sobre o caso apontou que Rivaldo mantinha relações com os principais milicianos e contraventores do estado do Rio de Janeiro, e que diversos homicídios relacionados a essas quadrilhas não foram investigados, entre 2016 e 2021. Em delação premiada, Ronnie Lessa, o ex-PM que metralhou o carro de Marielle, conduzido pelo motorista Anderson Gomes, disse que Rivaldo Barbosa fora o mentor do atentado. Que teria sido ele quem orientou os matadores para não executarem Marielle na porta da Câmara Municipal. Que se isso acontecesse, a morte seria caracterizada como crime político. E passaria à Polícia Federal. 

Ainda de acordo com a delação de Ronnie Lessa, o planejamento da morte de Marielle começou em 2017. A vereadora representava um obstáculo aos interesses de Chiquinho Brazão, que na época era vereador no Rio. E de Domingos Brazão, que já atuava como Conselheiro no Tribunal de Contas do estado. 

Lessa disse que as relações que a vereadora mantinha com lideranças comunitárias, contra loteamentos em áreas controladas por milícias no Rio, eram em regiões sob a influência dos irmãos Brazão e isso teria selado o destino da vereadora.

Defesa

O advogado que defende Rivaldo Barbosa disse que o delegado teria ficado surpreso com a prisão. Ele alegou que o cliente atuou na investigação que prendeu os acusados pelo crime e que não existe motivo para ser acusado de obstrução. 

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Criado em 25/03/2024 - 21:10

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