Dados do primeiro Relatório Nacional de Transparência Salarial do Ministério do Trabalho confirmam uma realidade bem conhecida. Trabalhadoras de empresas privadas recebem, em média, 19,4% a menos do que os homens. E isso para os mesmos cargos e funções.
O relatório aponta que, quando o cargo é de chefia, como de gerentes e dirigentes, por exemplo, a diferença de remuneração entre mulheres e homens chega a 25,2%. No recorte por raça e cor, a situação mais crítica é das trabalhadoras negras.
Elas ganham em média R$ 3 mil, o que representa 68% da remuneração dos homens não negros, que têm salários médios de R$ 5,7 mil. Na comparação com as mulheres brancas, elas também perdem, pois tem uma remuneração 33% menor.
As informações do relatório são referentes a 2022 e foram coletadas do E-Social e do portal Emprega Brasil. Mais de 49 mil estabelecimentos com 100 ou mais empregados preencheram o questionário.
Agora as empresas que relataram diferença salarial serão notificadas pelo ministério e terão 90 dias para elaborar um plano de ação para diminuir a desigualdade da remuneração entre os gêneros.
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