O depoimento que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, prestou à polícia federal nesta segunda-feira (11), confirmou trechos importantes da investigação sobre a suposta tentativa de um golpe de estado.
O depoimento durou perto de 9 horas e foi uma opção da defesa seguir direto em vez de interromper e retornar hoje pra complementar as informações. O Repórter Brasil conversou com o advogado de Mauro Cid, Cezar Bittencourt, que considerou o depoimento altamente positivo, tanto pra ele quanto para a policia federal, e disse que foram esclarecidos desdobramentos dos fatos relativos a suposta tentativa de golpe.
O advogado não revelou os detalhes, mas fontes ligadas a investigação confirmaram à TV Brasil que, além do golpe, Mauro Cid respondeu perguntas sobre a adulteração do cartão de vacinas do ex-presidente Jair Bolsonaro e sobre o caso das joias que foram doadas ao governo pela Arábia Saudita.
Mensagens do contexto da investigação do celular de Mauro Cid confirmam, com datas, que apesar de relatórios e reuniões garantindo a segurança das urnas, os planos continuavam, como a minuta do golpe e a suspeita de um texto editado pelo próprio Bolsonaro. Portanto, nos depoimentos, Cid adotou uma postura colaborativa, complementando informações que ele mesmo já havia passado a PF em outros depoimentos.
O ex-militar já esteve 7 vezes na PF, em 3 delas ficou em silencio e nas ultimas 4, depois que firmou o acordo de colaboração premiada, respondeu todas as perguntas dos delegados.
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