As operações na Baixada Santista estão entre as mais letais da polícia paulista, desde o massacre do Carandiru em 1992. Duas Operações Escudo em Santos e São Vicente, no ano passado, deixaram 36 mortos. E a Operação Cerão, que teve início em janeiro deste ano, já matou 47 pessoas. Mas, de acordo com levantamento do Instituto Sou da Paz, o policiamento mais ostensivo não se traduziu em queda contínua da criminalidade.
O estudo revela também que no ano passado, durante os meses da Operação Escudo, houve aumento de diversos crimes na Baixada Santista. Alta de 71% nas tentativas de homicídio e de 177% nos roubos de carga. Apesar da queda de alguns crimes durante a operação, nos meses seguintes homicídios e furtos de veículos voltaram a crescer.
Os homicídios dolosos subiram de 22, entre agosto e setembro de 2023, para 29 entre dezembro e janeiro deste ano. Os registros de roubos foram de 2096, durante a operação escudo, para 2191, quatro meses depois. Já os furtos de veículos subiram de 647 para 761 depois da Operação Escudo.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo disse que em todo ano de 2023 houve redução de 18% nos casos de homicídios. E que o índice de furtos caiu 2,5% depois da Operação Escudo. Quanto aos roubos de carga, a pasta disse que tem concentrado esforços para combater essa modalidade criminosa.
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