O que se espera de um jovem entre 15 e 29 anos é que ele esteja estudando ou, no caso dos mais velhos, trabalhando. Mas no Brasil, um em cada cinco jovens nem estuda e nem trabalha, são 9,6 milhões de pessoas. Apesar de ainda alto, esse percentual vem caindo nos últimos anos. Em 2019 essa situação atingia 22,4% dos jovens, em 2020 chegava a 20%, e em 2023 baixou mais um pouquinho: 19,8%.
O abandono escolar tem recorte racial e de gênero. Por exemplo, no grupo etário de 14 a 29 anos, 9 milhões de pessoas não completaram o ensino médio. Destes, cerca de 27% eram brancos e mais de 71% eram pretos e pardos.
Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ainda registram queda no analfabetismo.
Para mais dar a metade dos homens o principal motivo para deixar a escola foi a necessidade de trabalhar. Já no caso das mulheres 25% largaram os estudos por esse motivo e 23 % abandonaram por causa de gravidez. A pesquisa do IBGE traz ainda um dado preocupante em relação ao ensino fundamental: pela primeira vez, em oito anos, o Brasil não alcançou a meta de ter 95% das crianças e adolescentes, de 6 a 14 anos, matriculados. Em 2023, 94,6% da população nessa faixa etária estava no ensino fundamental.
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Necessidade de trabalhar faz escolarização entre adolescentes recuar
Raça ainda é fator determinante no acesso à educação no Brasil
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