Quarenta mulheres denunciaram ter sofrido violência obstétrica no Rio de Janeiro nos últimos quatro anos. Os dados são da Defensoria Pública e da Associação de Doulas, profissionais que acompanham a mulher durante toda a gestação e também no parto.
No momento de ter os seus bebês essas mulheres relatam ter passado por situações de abandono, impossibilidade de escolher entre o parto normal e a cesariana e até agressões verbais. Os casos de violência obstétrica foram denunciados por meio deste site criado pela Associação de Doulas do Rio de Janeiro, em parceria com a Defensoria Pública.
Na semana passada, teve repercussão o desrespeito com uma gestante numa maternidade em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Queli Adorno, de 35 anos, deu à luz no chão da recepção depois de ouvir da obstetra que ainda não estava na hora e que ela deveria voltar pra casa. Com a divulgação das imagens a médica foi demitida.
No Brasil não há uma lei federal que defina o que é a violência obstétrica e uma punição para os autores. Para especialistas, é entendida como conduta abusiva que cause sofrimento físico ou psicológico às gestantes. No Congresso Nacional vários projetos tratam do assunto. Um deles propõe a criação de uma política nacional de parto humanizado.
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