Ruas do entorno da Praça da República, um dos pontos mais movimentados do centro da cidade, ficaram no escuro na noite de quinta-feira (21). Hoje vários comerciantes não tiveram como abrir as portas.
A Enel atribuiu a falha a uma obra de escavação da Sabesp, que teria afetado a rede subterrânea. A Sabesp negou a responsabilidade. Desde então o serviço de fornecimento de energia vem sendo interrompido em diversas regiões do centro de São Paulo. Cerca de 35 mil pessoas foram afetadas. Em nota, a concessionária disse que segue trabalhando nos reparos da rede para normalizar integralmente o serviço e que tem mobilizado geradores para abastecer os clientes impactados.
Em alguns comércios que operam com 220 volts, os equipamentos fornecidos pela Enel com baixa voltagem não são suficientes para o funcionamento.
É o caso de um café no bairro da Santa Cecília, que ficou fechado de segunda-feira (18) até quinta-feira à noite, quando a energia voltou no local. Para tentar fechar as contas do mês, o café vai abrir no domingo.
O Tribunal de Contas do município vai criar um grupo de estudo para analisar o contrato entre a Enel e a prefeitura. O Procon orienta aos consumidores que registrem o problema nos canais da concessionária Enel e, caso não haja retorno, que formalizem a reclamação no site do Procon.
Você deve se lembrar que mais de dois milhões de pessoas ficaram no escuro, em novembro. Demorou quatro meses, mas agora a justiça paulista condenou a Enel a indenizar clientes que ficaram sem energia na ocasião. A concessionária deverá pagar R$ 5 mil de danos morais para três clientes pela demora em restabelecer o serviço. Nós procuramos a Enel para ter mais detalhes sobre essas indenizações de novembro e sobre esse novo apagão em São Paulo, mas não tivemos resposta.
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