A Associação dos Peritos do Estado do Rio de Janeiro disse que a investigação das mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes ainda não foi concluída. Os peritos afirmaram ainda que o trabalho do setor está comprometido devido à vinculação à polícia civil no Rio.
A direção da associação dos peritos convocou uma entrevista coletiva hoje para listar problemas nas investigações sobre as mortes de Marielle e Anderson. Eles afirmam que faltaram imagens de câmeras de segurança da prefeitura, já que algumas estavam desligadas no dia do crime. Além disso, as fotos que foram tiradas pelo legista durante a necrópsia se perderam, após a entrega do cartão de memória para a direção do Instituto Médico Legal do Rio.
Durante a coletiva, o presidente e a vice-presidente da pediram que os serviços de perícia criminal do Rio de Janeiro sejam desvinculados da polícia civil. Eles afirmaram que a autonomia é uma recomendação de organizações internacionais, como a ONU.
Os peritos afirmam que o governo do estado do Rio de Janeiro está sucateando o trabalho do setor, com a retirada de verbas e de funcionários.
A associação avalia que o caso marielle ainda não está totalmente solucionado. Já se sabe que a munição usada no crime é de um lote da polícia federal. Resta descobrir a origem desse lote. Marielle Franco e Anderson Gomes foram assassinados em 2018. Mais de 6 anos depois, a polícia federal prendeu Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, e irmão dele, deputado federal Chiquinho Brazão, acusados de serem os mandantes do crime. O delegado Rivaldo Barbosa, chefe da polícia civil do Rio na época dos assassinatos, também foi detido, acusado de ajudar a planejar o crime e atrapalhar as investigações.
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