Dados da polícia civil entregues ao Conselho Nacional de Justiça apontam que teria havido expansão de organizações criminosas ligadas ao tráfico e às milícias nas favelas do Rio, depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou, em 2020, que as operações policiais em comunidades só poderiam acontecer em casos excepcionais. O relatório do conselho foi encaminhado ao STF nesta semana.
Segundo o relatório entregue pelo CNJ a Fachin, milícias e facções ligadas ao tráfico de drogas dominam 1.700 comunidades no estado do Rio, especialmente na capital e cidades próximas.
O relatório alerta ainda que esses grupos impedem a realização de serviços por parte do estado nessas comunidades, e que a simples presença de uma viatura pode provocar tiroteios.
Por outro lado, os dados mostram também que houve queda na letalidade em operações policiais em comunidades depois da decisão de Fachin de limitar as ações, em 2020.
Entretanto, um levantamento feito pelo instituto fogo cruzado, a pedido da TV Brasil, mostra que pelo menos 629 civis foram mortos em operações policiais na região metropolitana do rio de 2020 até agora.
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