O Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro libertou mais uma trabalhadora doméstica em situação de trabalho semelhante à escravidão na capital fluminense. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, os resgates de trabalho doméstico análogo à escravidão têm aumentado no Brasil. No ano passado foram 41 libertações.
O resgate ocorreu na semana passada e o caso foi divulgado ontem pelo MPT. A senhora de 62 anos trabalhava em uma casa de família como empregada doméstica há 15 anos.
Sem folgas, descanso semanal ou férias, além ser proibida de manter contato com pessoas fora da casa. Ela possuia registro na carteira de trabalho, mas a senha de sua conta bancária era compartilhada com o patrão.
A polícia federal prendeu o empregador em flagrante. Ele assinou um termo de ajustamento de conduta e foi obrigado a pagar todos os direitos trabalhistas. Além disso, terá que indenizar a vítima por danos morais, incluindo um valor mensal por toda a vida da trabalhadora.
Este é mais um caso que se repete em diversas regiões do Brasil. Segundo dados do ministério do trabalho e emprego, de 2017 a 2020, foram 12 casos de resgates de trabalho doméstico semelhante à escravidão.
Já em 2021, o número de casos explodiu e chegou a 31, o mesmo número de 2022. O ano passado foi recorde com mais resgates, com 41 casos.
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