Um levantamento feito pela Defensoria Pública de São Paulo aponta que policiais militares do estado só ligam as câmeras corporais em metade das ocorrências. O órgão analisou imagens de 40 casos. Em metade deles só havia a gravação de rotina, sem o acionamento do modo intencional, que grava com som e maior qualidade de imagem.
Hoje, as câmeras usadas pela PM paulista gravam de modo ininterrupto, mas em baixa definição e sem áudio.
O apontamento da Defensoria vem no momento em que o governo do estado está em processo de contratação de 12 mil novas câmeras para a corporação.
O pregão aconteceu na semana passada e a empresa melhor colocada terá, agora, que apresentar documentação para as etapas de habilitação e análise de amostras. Os novos equipamentos não gravarão de modo contínuo e serão ligados pelos próprios policiais ou de modo remoto.
De acordo com o governo de são paulo, o acionamento será obrigatório.
Este ano, o Superior Tribunal de Justiça absolveu um homem acusado de tráfico de drogas. Como os policiais não usavam câmeras corporais no momento da abordagem, a maioria dos magistrados entendeu que, ao abrir mão das câmeras, o estado escolhe por não produzir provas capazes de sustentar a denúncia.
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