Uma grande operação policial ocupou ao menos dez favelas no Rio de Janeiro com o objetivo de combater a criminalidade. De acordo com o governo do estado do Rio de Janeiro, cerca de dois mil agentes da Polícia Militar, Polícia Civil e Segurança Presente atuam em seis bairros da zona oeste da capital fluminense para combater traficantes e milicianos.
A ação começou na madrugada desta segunda-feira (15) e logo cedo fechou uma fábrica de gelo clandestina na Cidade de Deus que era usada para lavagem de dinheiro, além de furtar água e jogar resíduos poluentes na natureza. Em um carro abandonado na Linha Amarela, uma das principais vias expressas da cidade, foram encontradas três granadas e o esquadrão antibombas foi acionado para desarmar os explosivos. Diversas barricadas foram destruídas. A Operação Ordo também cumpriu mandados de busca e apreensão e de prisão em aberto.
Até o início da noite não haviam sido feitas grandes apreensões de drogas, de armas, nem prisões de lideranças expressivas do tráfico. Segundo as informações divulgadas até o fechamento desta reportagem, foram presas 20 pessoas, sendo cinco por mandados em aberto e 15 em flagrante.
De acordo com o governador Cláudio Castro (PL), esta não é uma operação, mas sim uma ação sem prazo para terminar, quase uma ocupação desses territórios. Apesar da amplitude dessa grande mobilização policial, não houve relatos de confrontos. Castro comentou ainda a possibilidade de ter havido vazamento da operação. Afirmou que vai punir com a Corregedoria os policiais que passarem informações aos criminosos.
As principais ruas e avenidas dos bairros da zona oeste da cidade envolvidos na operação estão com o patrulhamento intensificado e não há previsão para que as forças de segurança saiam das localidades. Além da fábrica de gelo, que foi interditada, também foi fechada uma marmoraria, que estaria em condições irregulares.
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