O STF levantou o sigilo da gravação possivelmente feita pelo ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, de reunião que tratava sobre a defesa de Flávio Bolsonaro, no caso das Rachadinhas. Além de Ramagem, participaram da reunião, no Palácio do Planalto, as duas advogadas de defesa de Flávio Bolsonaro, o general Heleno e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Vamos saber os detalhes com a repórter Manuela Castro.
O áudio tem uma hora e oito minutos. Os participantes da reunião tentam encontrar formas de incriminar os auditores da Receita Federal que fizeram o relatório que deu início às investigações do caso das Rachadinhas. A ideia era incriminar os auditores para que as investigações contra Flávio Bolsonaro fossem anuladas.
Autoridades citadas
Eles também falam de nomes que podem ajudar na empreitada, como o do ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel. Nas redes sociais, Wilson Witzel disse: “o presidente Jair Bolsonaro deve ter se confundido e não foi a primeira vez que mencionou conversas que nunca tivemos, seja por confusão mental por conta das suas inúmeras preocupações, seja por acreditar que eu faria a nível local o que hoje se está verificando que foi feito na Abin e na polícia federal. No meu governo, a polícia civil e militar sempre tiveram total independência.”
Outro nome que surgiu na reunião gravada é o do ex-secretário da Receita Federal José Barrroso Tostes. Ele poderia ajudar com informações sobre os auditores que produziram o documento que deu início ao caso das Rachadinhas.
Gustavo Canuto, que foi ministro do Desenvolvimento Regional e na época era presidente do Serpro, também foi citado. Em determinado momento, Bolsonaro e o general Heleno demonstram preocupação com o vazamento da conversa. A defesa do general Heleno afirmou que não vai se pronunciar sobre esse assunto. Não conseguimos contato com a defesa dos outros citados.
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