O Lollapalooza é um dos maiores eventos de música do mundo e com ingressos que podem custar quase R$ 3 mil. Nada disso impediu que o Ministério Público do Trabalho (MPT) encontrasse, em São Paulo, cinco pessoas em situação análoga à escravidão. Os homens transportavam e vigiavam as bebidas do evento. Segundo o MPT, eles estavam sem registro, não podiam voltar para casa e dormiam sobre papelões.
A terceirizada Yellow Stripe, responsável pelo serviço de bar do evento e a Tickets For Fun, realizadora do Lollapaloza, foram responsabilizadas por trabalho análogo ao de escravo. Os cinco resgatados tiveram as situações regularizadas e receberam os valores devidos.
Em nota, a Tickets For Fun disse que rompeu com a terceirizada e se certificou de que os direitos dos trabalhadores fossem garantidos. A empresa disse ainda que este foi um caso isolado. Já a Yellow Stripe disse que não vai mais prestar serviço para o Lollapalloza. O MPT informou que vai continuar a fiscalização do festival e auditar mais de 10 mil contratos de trabalho.
Só neste ano, 960 pessoas foram retiradas do trabalho análogo à escravidão no Brasil. No ano passado foram mais de 2,5 mil resgates. A equipe do Repórter São Paulo conversou com o chefe da Divisão de Fiscalização para a Erradicação do Trabalho Escravo do Ministério Público do Trabalho sobre esse assunto.
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