Revista deste sábado (17), às 20h30, constata se o cinema brasileiro tem o talento de se apropriar de fontes literárias para elaborar seus filmes. Entre erros e acertos, os roteiristas estão se aprimorando na arte de adaptar histórias literárias para o cinema. O Revista do Cinema Brasileiro acompanha o processo de construção de uma nova narrativa para as histórias já contadas nos livros.
Para uma boa adaptação, roteiristas entram em um verdadeiro processo de investigação, se debruçando sobre livros na busca de possíveis caminhos para uma releitura da história. É um trabalho cheio de suor e lágrimas, para recriar uma história que muitas vezes já está na fantasia do leitor. Para saber como são formados os futuros roteiristas, a equipe de reportagem do Revista esteve na Escola de Cinema Darcy Ribeiro, no Rio de Janeiro.
O programa também mostra como histórias de bandidos famosos sempre geram bons filmes. É o caso de Boca do Lixo, uma livre adaptação da vida de Hiroito de Moraes Joanides, bandido que fez fama nos anos 50 e 60. O diretor e roteirista do filme, Flávio Frederico, fala sobre o longa, que se passa em uma região de São Paulo cercada por prostitutas, boêmios e marginais.
Outro roteirista que sabe bem que nem tudo que está no livro pode ser levado à tela é Marcos Bernstein. Acostumado a adaptar obras literárias para o cinema, Bernstein está finalizando um novo filme, o qual também dirigiu. Ele é convidado de Maria Luísa Mendonça para um papo sobre o filme Meu Pé de Laranja Lima, uma adaptação da obra homônima de José Mauro de Vasconcellos. Bernstein também revela quais as principais dificuldades da adaptação e como ele vê a interferência do roteirista em uma história que já foi contada.
Confira também o Festival Adaptação, que há dois anos reúne escritores, roteiristas e fãs, tanto do cinema quanto da literatura, para debater e discutir os caminhos dessas duas artes. E ainda, uma reportagem sobre o filme O Gerente, longa baseado em um conto do poeta Carlos Drummond de Andrade. O filme, protagonizado por Ney Latorraca, mostra a história de um gerente de banco que causa constrangimento social devido à mania de morder os dedos das mãos de mulheres. O cineasta Zelito Vianna, que produziu o filme, fala sobre a parceria com o diretor Paulo César Saraceni.
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