Já imaginou ir a um cinema onde você pode conversar, atender o celular, namorar e até fumar? Ele existe: é o Cine Drive-in, em Brasília, o último cinema ao ar livre do país. Lá cada veículo funciona como se fosse uma sala particular, com direito a mordomias impensáveis nas salas tradicionais: atendimento de garçom com uma piscada da lanterna e som no volume desejado - é só sintonizar o rádio do carro na frequência do filme. A única proibição é acender o farol, para não apagar a imagem da tela.
Inaugurado em agosto de 1973 em uma área de 15 000 m² dentro do Autódromo Nelson Piquet, o espaço conta com uma tela de 14 x 22 metros, anunciada como a maior do país, e capacidade para abrigar até 500 veículos. Os filmes são exibidos todos os dias, com ingressos de R$ 9 a R$ 20 por pessoa, e é comum ver na plateia carros antigos. Ano passado, o drive-in correu o risco de ser demolido devido a uma reforma para a F-Indy 2015. Porém, graças a uma petição que alcançou 18 000 assinaturas, o governo de Brasília garantiu sua permanência.
Sua condição única lhe rendeu o papel de protagonista no documentário Cine Drive-in - Cinema Sob o Céu, que mostra as ameaças de demolição sofridas nos últimos anos. No Revista do Cinema Brasileiro desta quarta-feira, dia 20, o cineasta e diretor Claudio Marques fala sobre o filme.
Assista a trechos do documentário Cine Drive-in - Cinema Sob o Céu
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