No programa de sábado (17), às 22h, o projeto que virou referência na capacitação de educadores e alfabetização: a Escola Zé Peão. A edição mostra quatro histórias de pessoas que se envolveram na escola e mudaram suas vidas. Paulo Marcelo de Lima, de 54 anos, terminou o primeiro grau e não parou mais. Hoje é educador do Zé Peão. Jeferson Luis, 30 anos, aprendeu a ler e a escrever numa sala de aula montada no canteiro de obras que trabalhava. Além das educadoras Claudia Costa Duarte e Maria José, Zézinha.
A iniciativa nasceu em 1983, no Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção e Mobiliário de João Pessoa (Sintricom), quando se constatou que o baixo nível de escolaridade atrapalhava e muito o rendimento dos operários. Em 1990, a parceria com a Universidade Federal da Paraíba tornou possível a elaboração do projeto, que foi posto em prática em 1991.
Através de dois grandes programas de alfabetização e pós-alfabetização, o projeto Zé Peão passou a atender às necessidades dos trabalhadores e trouxe outras perspectivas de vida a eles. Na outra ponta, o projeto é uma referência na capacitação de educadores. Os estudantes de pedagogia da Universidade Federal da Paraíba recebem treinamento diferenciado com o objetivo de estimular e tornar o aprendizado o mais acessível possível.
As aulas acontecem no canteiro de obras, de segunda à sexta-feira, durante duas horas, no período da noite. Na Universidade funciona a sede do projeto e os cursos de capacitação dos professores. Ao longo de seus 19 anos de história, a Escola Zé Peão alfabetizou mais de 10 mil trabalhadores.
Atualmente conta com a participação de 200 operários-educandos além de encaminhar os mesmos para as salas de aula do supletivo da rede pública de educação.
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