Nesta quarta-feira, o Impressões do Brasil destaca o autor de histórias em quadrinhos, artista gráfico, ator, escritor e um viajante da dramaturgia: Lourenço Mutarelli.
Formado em Belas Artes, Lourenço começou fazendo histórias em quadrinhos. As peças, romances e adaptações de suas obras vieram depois, com muito sucesso.
Ao longo de sua carreira, ele gerou um grande número de heróis atípicos das histórias em quadrinhos. Personagens que parecem viver em uma dimensão muito próxima à realidade, envolvidos pela depressão urbana quando são capturados para viverem momentos cruciais de suas vidas.
O artista, que viveu sérias crises de síndrome do pânico, usa suas histórias em quadrinhos como a melhor forma de comunicação com o mundo externo. Ele diz que nunca pensou em ser escritor, porque tem um respeito muito grande pela literatura e complementa: “A crítica até hoje tem um preconceito muito grande por eu ser um cara que vem dos quadrinhos, que é uma coisa desprezível e menor.”
Nascido em São Paulo, Lourenço Mutarelli personifica em seus heróis, de certa forma, retratos da sociedade contemporânea: o trágico e burlesco, movido a decepções, fracassos e muita insegurança de um mundo ficcional desprovido de elementos éticos e morais. Iniciou sua produção em histórias em quadrinhos por meio dos fanzines, edições alternativas com pequenas tiragens publicadas com recursos de xerox ou pequenas impressoras, distribuídas pelo próprio autor.
Mutarelli também brilha no cinema. A parceria com o publicitário e cineasta Heitor Dhalia começou com o elogiado Nina (2004), Depois, no longa O cheiro do ralo (2006), ele teve adaptado para as telonas seu primeiro romance. Aliás, no mesmo filme ele debutou também como ator. Por último, aua HQ O Dobro de Cinco também parou nas telonas, adaptada pelo diretor Dennison Ramalho.
Direção: Ronaldo Duque
Produção: Nilson Rodrigues
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