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Caminhos da Reportagem presta homenagem a Betinho nesta quinta (12/11)

Sociólogo Herbert de Souza se lançou em uma cruzada contra a fome e

BetinhoAs lutas do sociólogo Herbert de Souza e a inspiração que ele despertou país afora estão no Caminhos da Reportagem desta quinta-feira, 12 de novembro de 2015, às 22h, na TV Brasil. Para recordar os 80 anos de nascimento de Betinho, o programa traça um panorama sobre sua trajetória de mobilização em diversas iniciativas que marcaram a vida desse ativista dos direitos humanos.

 

Mesmo com o corpo franzino e a saúde frágil, Betinho teve força para provocar uma imensa transformação no país. A campanha da Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida simbolizou os anos 1990 e foi fundamental para que, em 2014, o Brasil saísse do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Em novembro, o homem que sonhou e lutou por uma nação melhor festejaria 80 anos e o Caminhos da Reportagem celebra este momento.

 

A biografia de Betinho se entrelaça com diversos momentos importantes da história recente do país. Mineiro de Bocaiuva, ele entrou na militância política por movimentos ligados à esquerda católica, engajou-se na luta estudantil e, mais tarde, tornou-se um dos dirigentes da Ação Popular, organização política que combate a ditadura. "Podemos dividir: ele era a liderança intelectual; eu, a liderança política", lembra Aldo Arantes, companheiro de Betinho à época e hoje membro da Comissão da Reforma Política na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ).

 

Henfil e BetinhoPerseguido pelo governo militar, Betinho partiu para o exílio e virou um dos símbolos da anistia. O "irmão do Henfil" é reverenciado na música "O bêbado e a equilibrista", composta por Aldir Blanc e João Bosco e imortalizada na voz de Elis Regina. O clássico foi o maior sucesso do disco "Essa mulher" (1979) e ganhou o apelido de "Hino da Anistia".

 

Das muitas frentes em que combateu, Betinho só não conseguiu vencer a luta contra a Aids. Hemofílico, assim como seus dois irmãos – o cartunista Henfil e o músico Chico Mário –, ele contraiu a doença por transfusão de sangue. Brigou pela regulamentação dos bancos de sangue no Brasil até o fim da vida.

 

 

Betinho morreu em 1997, mas conseguiu deixar vivas as suas causas. Hoje, seu filho Daniel Souza participa da Ação da Cidadania, que inspirou a solidariedade em milhões de brasileiros. "A gente costuma brincar que a missão de toda ONG é se autoextinguir. É trabalhar tão bem por uma causa que ela não seja mais necessária", acredita.

 

Victor Lopes, diretor do filme "A Esperança Equilibrista", documentário sobre o sociólogoPara montar um painel sobre o legado de Betinho, a equipe de reportagem da TV Brasil consultou personalidades que conviveram com o sociólogo e destacam sua relevância para a sociedade brasileira. O programa jornalístico entrevista o antropólogo Rubem César Fernandes, da ONG Viva Rio; o historiador Atila Roque, da Anistia Internacional Brasil; a publicitária Nádia Rebouças e o dramaturgo Aderbal Freire-Filho.

 

O Caminhos da Reportagem também conversa com o cineasta Victor Lopes, diretor do filme "A Esperança Equilibrista", documentário recém-lançado sobre a trajetória do saudoso sociólogo. O diretor considera Betinho o Gandhi brasileiro.

 

 

Serviço
Caminhos da Reportagem – quinta-feira (12), às 22h, na TV Brasil

Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.

Criado em 10/11/2015 - 16:42 e atualizado em 11/11/2015 - 08:35

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