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Série Vou Rifar Meu Coração aborda a música popular brasileira no último episódio nesta sexta (13/11)

Ícones do repertório romântico nacional cantam e contam as origens da

Amado Batista conta histórias da carreiraO que é, afinal, a Música Popular Brasileira? Este é o mote para a edição que marca o término da série Vou Rifar Meu Coração nesta sexta-feira, 13 de novembro de 2015, às 22h30, na TV Brasil. A atração resgata o trabalho de artistas como Agnaldo Timóteo, Odair José, Amando Batista, Wando, Waldik Soriano e Lindomar Castilho.

 

Ídolos adorados pelas massas no interior do país, eles fazem parte de um Brasil que não costuma ter tanto espaço na mídia. Para costurar a narrativa, o sexto e último episódio da série Vou Rifar Meu Coração, baseada no filme homônimo de Ana Rieper, relembra hits que embalam o imaginário popular como “Amor Perfeito”, “Sandra Rosa Madalena” e “Morango do Nordeste”.

 

Agnaldo Timóteo questiona o que é música bregaAgnaldo Timóteo questiona as classificações arbitrárias. “Porque a minha música é brega? Quando eu abro a boca pra cantar, eu sou um monstro. Não somos de uma elite de sobrenome, somos pessoas simples, do interior”, ressalta logo após cantar, à capela, um trecho da música “A Casa do Sol Nascente”.

 

“Música popular é toda a música que se identifica com qualquer ser humano desprovido de preconceito e vaidade. Eu canto canções deste 'Ma Vie' e 'Que c’est triste Venise' até 'Falando sério' e 'Por causa de você'. Gravei 'All the Way' também”, enumera Timóteo.

 

Odair José lista grandes nomes da MPBJá para Odair José, existem distinções. “Tem a música popular de Ipanema e a música popular brasileira, que é a minha, do Roberto Carlos, do Tom Jobim, do Luiz Gonzaga, do Ataulfo Alves”, pondera o cantor e compositor de sucessos como “Eu vou tirar você desse lugar” e “Pare de tomar a pílula”. Nelson Ned completa. “Música popular é aquela que pode tocar em qualquer esquina”, sintetiza.

 

Amado Batista lembra de uma vez que fez show em um circo sem lona de cobertura. Quando a energia acabou, ele recorda que cantou para uma multidão só com o violão apoiado em uma cadeira. O artista dá uma canja de “Amor Perfeito”, a canção da sala de cirurgia. Vou Rifar Meu Coração mostra cenas de fãs tirando fotos no camarim e presenteando o ídolo.

 

Para ele, o amor é uma das marcas de seu repertório. O cantor explica como se transformou em um músico de sucesso, depois de se apresentar inúmeras vezes em circos e garimpos. “Sou filho de lavradores que trabalhavam na roça, na lavoura. Cuidava da terra, produzia, plantava, colhia... Eu escolhi cantar todo tipo de música, mas o amor está em todos nós e a gente vive por causa desse amor, se dando bem ou mal”, reflete.

 

Lindomar Castilho reverencia Vicente CelestinoO programa destaca ainda a importância de Vicente Celestino para o cancioneiro nacional. O cantor foi uma grande referência para muitos dos artistas populares do Brasil. Em sua obra, o músico de voz grave fala sobre boemia, ciúme, tragédia e decadência.

 

Lindomar Castilho analisa a origem da sigla MPB e cita o exemplo de Vicente Celestino. “A sigla MPB foi apropriada pelos artistas da classe A, mas deveria ser nossa, que fazemos música para o povão. Sou da classe C, D, E, F e cresci ouvindo essas músicas”, defende.

 

“Vicente Celestino foi um dos maiores porque compunha música para o povo. Não é MPB não hein? Os conteúdos das músicas das composições dele falam do dia a dia ‘Tornei-me um ébrio na bebida busco esquecer aquela ingrata que me amava e me abandonou’ tá falado não é?”, destaca Castilho ao cantarolar trecho de “O Ébrio”.

 

 


Sobre a série

 

Em seis episódios, a série Vou Rifar Meu Coração apresenta o mundo da música romântica através das histórias de amor de pessoas comuns e das trajetórias de grande artistas do gênero.

 

 

Saudoso Wando foi um dos astros que gravou para o filme que virou série

A produção dirigida por Ana Rieper se baseia em três elementos narrativos principais: as músicas; as histórias amorosas de pessoas comuns que vivem os enredos dessas canções em suas vidas; e depoimentos de personalidades desse cenário musical, juntando ídolos eternos à nova força do brega.

 

A música na série funciona como um elemento narrativo importante, não meramente como ilustração de temas ou respiro na montagem. As canções são narrativas, sempre integradas com as situações e personagens apresentados.

 

Essas histórias são ancoradas por depoimentos de músicos do porte de Amado Batista, Odair José, Wando, Nelson Ned, Lindomar Castilho, Walter de Afogados e novos talentos como Rodrigo Mell e Elvis Pires, dupla de compositores da cena brega de Recife.

 

Eles comentam sobre suas histórias amorosas, a inspiração para compor os grandes sucessos e falam sobre suas carreiras.

 

 

 

O material para a realização da série foi captado em 2010 para o longa-metragem homônimo que produziu cerca de 100 horas de material filmado, entre entrevistas com os artistas, pessoas comuns e gravações de shows, paisagens, feiras e circos de interior. Com drama e humor, Vou Rifar Meu Coração destaca uma arte orgânica ao mostrar um Brasil profundo, com seu horizonte típico de interior.

 

Serviço:
Série Vou Rifar Meu Coração – sexta-feira (13), às 22h30, na TV Brasil.

Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.

Criado em 13/11/2015 - 09:13 e atualizado em 13/11/2015 - 10:20

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