O episódio inédito da série Entre o Céu e a Terra desta sexta (14), às 22h, na TV Brasil mostra que o excesso de amor próprio, o poder em determinados ambientes e o narcisismo nas redes sociais costumam reforçar a vaidade humana. A produção documental debate como as religiões lidam com esse orgulho tão característico na sociedade contemporânea.
Para analisar o tema, o programa traz o depoimento de religiosos como o padre Gilson Soares, da Igreja Católica; o sacerdorte Marcos Felipe, da Umbanda Universalista; Adriano Camargo, da Via Luciferiana; a bruxa tradicional Katy Frisvold; o Lama Padma Samten, do Budismo; e Paulo Roberto, do Espiritismo.
A atração documental da TV Brasil ainda conversa com o especialista em Mitologias, Bernardo Lynch de Gregorio; o designer de produto ateu, Rafael Morgan e o professor de Sociologia Reginaldo Prandi.
Entre o Céu e a Terra mescla a linguagem de documentário, através de entrevistas concedidas por lideranças espirituais, com uma trama ficcional. Na história de dramaturgia dessa semana, o personagem Alberto (Clayton Mariano) é um professor de Biologia que, a partir de um papo na escola, percebe que precisa aprender a lidar com as vaidades e refletir sobre o ego.
Para melhorar a aparência, o personagem entra em uma academia de ginástica. Ele questiona a si mesmo se parecer bem é tão ou mais importante do que, de fato, estar feliz. Alberto se pergunta porque as pessoas querem mostrar para as outras como se sentem. A obcessão por ser aceito e a tentativa de buscar reconhecimento conduzem a trama desse episódio.
A série discute o que é o ego, o que são as vaidades físicas e espirituais e como elas podem ser prejudiciais à vida em sociedade. Em geral, a vaidade é alimentada pela própria sociedade que tende a valorizar determinadas características de acordo com o momento histórico daquele povo.
O programa explica ainda como o amor próprio é fundamental para a saúde emocional e psíquica. Ressalta ainda que o sentimento pode se transformar em uma patologia e o vaidoso passa a atrair sofrimento para si mesmo e para aqueles que estão por perto.
As religiões também costumam condenar tais distúrbios, que acabam por tornar a humanidade ainda mais individualista e materialista. O exemplo refere-se às situações em que a preocupação consigo mesmo se torna maior do que o desejável. Nesses casos, o homem e a mulher se distanciam do caminho espiritual.
Entre o Céu e a Terra mostra ainda que mesmo no meio religioso não é fácil se afastar da vaidade espiritual: o poder também é um forte vetor para a vaidade. O programa debate como as lideranças religiosas se relacionam com os fieis.
Outro espaço no qual as pessoas reforçam o narcisismo e o exibicionismo são as redes sociais. Não são poucas as pessoas que se expõe na internet e depois se arrependem.
Além da facilidade da autopromoção nas redes, muitas gente, especialmente os mais jovens, acredita que pode se tornar famosos por meio da internet. E em uma sociedade que cultua celebridades, ser famoso, não importa por que feito, é algo a ser almejado.
Serviço:
Entre o Céu e a Terra – sexta-feira (14), às 22h, na TV Brasil.
Entre o Céu e a Terra – domingo (16), às 13h, na TV Brasil.
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