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Rádio Nacional celebra centenário da cantora Marlene com especiais

Emissora pública resgata trechos de programas preservados no acervo

A partir desta segunda (21), a Rádio Nacional apresenta uma série de conteúdos exclusivos e atrações temáticas em homenagem à cantora Marlene, uma das rainhas do rádio. Os programas Revista Rio, às 10h, e o Sintonia Nacional, às 14h, levam ao ar programetes especiais em comemoração ao centenário de nascimento da querida intérprete, conhecida como a "Artista mais Artista das Artistas do Brasil".

As produções destacam trechos selecionados do histórico programa Marlene Total, série transmitida pela Rádio MEC AM na década de 1980. O tributo resgata gravações raras e exclusivas, preservadas no rico acervo das emissoras públicas que integram a Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Para reverenciar a diva, que completaria 100 anos na terça (22), a programação do dia está repleta de especiais. As atrações da emissora no Rio de Janeiro executam repertório da artista e veiculam conteúdos temáticos sobre a carreira de Marlene. Além das edições do Revista Rio e do Sintonia Nacional, o programa Painel Nacional, às 7h15, também traz conteúdo dedicado à eterna rainha do rádio.

A sequência de materiais exclusivos reconhece a importância da vida e da obra de Marlene, musa dotada de talento e popularidade marcantes para a radiodifusão no país. Considerada uma das maiores cantoras brasileiras, a saudosa artista fez história nos palcos e no rádio em mais de 70 anos de uma longeva e bem-sucedida carreira, repleta de performances inesquecíveis e interpretações únicas.

Produções diárias da Nacional

No ar de segunda a sexta, ao vivo, às 10h, o Revista Rio é um programa da Rádio Nacional no Rio de Janeiro que reúne os destaques do estado para deixar o público bem informado no final da manhã. Com duas horas de duração, o noticiário apresenta os fatos mais importantes da região até o meio-dia.

Os principais acontecimentos locais pautam a conversa com a população. A ideia é oferecer prestação de serviços e levar ao ouvinte assuntos de interesse público. Apresentado por Raquel Júnia e Dylan Araujo, o Revista Rio também traz os grandes nomes da cena musical do país e promove o circuito cultural do Rio.

Já o Sintonia Nacional vai ao ar de segunda a sexta, das 14h às 16h, sempre com o melhor da música popular brasileira. A produção da emissora no Rio de Janeiro tem entrevistas sobre saúde, cultura e utilidade pública, além de informações atualizadas e precisas com o trabalho da equipe de reportagem.

O programa da Rádio Nacional ainda repercute as notícias esportivas e os alertas do trânsito com foco no que de mais relevante ocorre na cidade. Leve e divertido, o Sintonia Nacional é apresentado pela jornalista e experiente locutora Gláucia Araújo.

Sobre a série Marlene Total

Transmitido pela Rádio MEC AM entre os anos de 1987 e 1990, o programa Marlene Total destacava artistas diversos. Finalista do Concurso Radiofônico de Nova Iorque, a produção comandada pela cantora Marlene ainda teve o especial "Raízes da MPB".

Com 170 edições, a série era coordenada por Marina Barreto e tinha a colaboração de Manoel da Conceição (violão) e Almir do Borel (percussão). Os episódios ficaram no ar por dois anos e meio. O primeiro programa foi veiculado pela emissora pública em 6 de janeiro de 1987, enquanto o último teve transmissão em 1º de julho de 1989.

Preservado no rico acervo da EBC, o programa Marlene Total passou por um intenso trabalho de digitalização das fitas de rolo e dos cassetes. A iniciativa de resgatar o conteúdo histórico fez parte dos esforços para disponibilizar a série no ano do centenário da cantora.

Marlene teve trajetória artística de sucesso

Natural de São Paulo, Marlene é o nome artístico de Victória Bonaiutti de Martino. Filha de imigrantes italianos, ela nasceu em 22 de novembro de 1922, no bairro da Bela Vista. A jovem já cantava na Rádio Tupi por volta de 1940.

Quando foi descoberta pela mãe, resolveu se mudar para o Rio de Janeiro. A carreira artística da atriz e cantora deslanchou. Durante sua trajetória, Marlene passou por algumas emissoras na então capital do país. Também interpretou personagens no cinema, no teatro e na televisão.

Figura mítica do entretenimento brasileiro, Marlene tinha presença cativa nos meios de comunicação e ainda soltou a voz em espetáculos que realizou em hotéis e em cassinos fluminenses. O destaque no meio cultural garantiu repercussão ao trabalho.

Presença marcante nos palcos, Marlene gravou mais de quatro mil canções. Com carisma, a artista também brilhou no exterior. A artista fez sucesso na Europa e nos Estados Unidos em diversas turnês internacionais.

Marlene era independente e possuía uma personalidade forte. Com uma verve teatral elevada, a cantora também fez história na folia. Ela foi uma das mulheres precursoras no carnaval carioca ao aceitar o desafio do Império Serrano para ser a intérprete oficial da escola e entoar o samba-enredo da agremiação nos anos de 1972 e 1973.

Antes, em 1949, Marlene venceu o concurso Rainha do Rádio. A partir da eleição, a talentosa diva estrelou diversos programas na Rádio Nacional. Em sua célebre passagem pela emissora, a artista recebeu o slogan "Ela que canta e dança diferente".

O verso da música "Cantoras do Rádio", imortalizada na voz de Carmem Miranda, é uma homenagem a Marlene e outras personalidades da época, como as irmãs Linda e Dircinha Batista, Emilinha Borba e Dalva de Oliveira. 

Marlene teve seu primeiro álbum lançado em 1946. Era um compacto com as canções "Coitadinho do Papai" e "Um Ano Depois". A produção artística de Marlene foi contínua até o ano de 1979, com o álbum "Rainhas do Rádio". Os convites para participar de vários projetos eram frequentes.

Depois, a musa lançou mais quatro discos: "Há Sempre um Nome de Mulher" (1987), "Os Ídolos do Rádio" (1988) e "Marlene, Meu Bem" (1996). O último trabalho da saudosa cantora foi o projeto "Estrela da Manhã" (1998).

Uma de suas inúmeras produções para o rádio, já nos anos 1980, foi o programa "Marlene Total", atração apresentada na Rádio MEC AM. A atriz e cantora faleceu aos 91 anos em 13 de junho de 2014 após sofrer uma pneumonia severa e ficar alguns dias internada no Rio de Janeiro.

Rivalidade com Emilinha Borba marcou época

Celebrada como uma das maiores referências da era de ouro do rádio, ao lado da "rival" Emilinha Borba, a cantora Marlene fez história na cena cultural brasileira. Ela foi eleita no concurso Rainha do Rádio consecutivamente nas décadas de 1940 e 1950.

Apesar da suposta disputa, as divas fizeram parceria em várias canções e foram reconhecidas como estrelas daquele período. Imortalizados na voz da Pequena Notável, os versos da música "Nós somos as cantoras do rádio" traduzem bem a importância de Emilinha e Marlene para o cancioneiro nacional.

Declaradamente fãs de Carmem Miranda, as duas eram artistas completas: atuavam no rádio, cinema, teatro e televisão. As rainhas Emilinha e Marlene fizeram da Rádio Nacional seu palco por décadas e se eternizaram como grandes ícones. O sucesso foi tanto que tinham até seus próprios fãs clubes.

Serviço

Programação especial dedicada à cantora Marlene na Rádio Nacional
Painel Nacional – terça-feira, dia 22/11, às 7h15
Revista Rio – segunda a sexta, ao vivo, às 10h
Sintonia Nacional – segunda a sexta, ao vivo, às 14h

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Saiba como sintonizar a Rádio Nacional

Brasília: FM 96,1 MHz e AM 980 Khz
Rio de Janeiro: FM 87,1 MHz e AM 1130 kHz
São Paulo: FM 87,1 MHz
Recife: FM 87,1 MHz
São Luís: FM 93,7 MHz
Amazonas: 11.780KHz e 6.180KHz OC
Alto Solimões: FM 96,1 MHz

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Criado em 21/11/2022 - 10:30 e atualizado em 21/11/2022 - 10:30

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