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Recordar é TV celebra o cantor Wilson Simonal

Atração leva ao ar entrevistas da TVE Rio de 1983

O programa Recordar é TV desta terça (24), às 21h30, na TV Brasil destaca a contribuição do cantor Wilson Simonal e do produtor Aloysio de Oliveira à música brasileira.

Para homenageá-los, a emissora pública resgata de seu acervo duas edições de Lira do Povo, atração produzida pela TVE do Rio de Janeiro em 1983 e apresentada por Eloá Dias e Hermínio Bello de Carvalho.

No primeiro bloco, dedicado a Simonal, o Recordar é TV traz um descontraído bate-papo em que o cantor abre o coração. Ele fala com Eloá Dias sobre a carreira, o sucesso e a solidão.

Os depoimentos são intercalados com interpretações memoráveis. Durante a produção, o Rei da Pilantragem canta sucessos como "Tributo a Martin Luther King", "Manias", "Sá Marina" e "Mania de Sociedade".

Já na segunda parte do programa, Hermínio Bello de Carvalho conversa com Aloysio de Oliveira sobre os músicos que ele revelou. A cantora Leny Andrade participa do encontro e entoa alguns hits dele como "Edmundo" e "Eu preciso de você".

O produtor artístico comenta sua trajetória no universo do show business. Rememora ainda quando levou Carmem Miranda para os Estados Unidos na década de 1940 com o seu grupo Bando da Lua.

Simonal reflete sobre o sucesso, a solidão e o ofício do cantor

Considerado um verdadeiro showman, Wilson Simonal era um cantor de talento que tinha completo domínio do palco. Com sua voz ímpar, embalava multidões com seu suingue nas décadas de 1960 e 1970. Fez história com a chamada pilantragem, mistura de samba, iê-iê-iê e soul, um movimento que liderou ao lado de nomes como Carlos Imperial e Nonato Buzar.

Questionado por Eloá Dias sobre o que representa ser cantor, Simonal fala sobre esse dom. "É acima de tudo um privilégio divino quando a gente tem o poder de emitir a nossa voz e cantar todos os matizes, desde a tristeza até a esperança", explica o artista que começou a trajetória em bailes até fazer sucesso na televisão.

O músico também reflete sobre êxito nas artes. "O sucesso é um acidente. Ele não tem nada a ver com o talento. Normalmente a gente faz sucesso por acidente. Tanto que nós conhecemos uma série de artistas que são dotados do maior talento e, entretanto, não fazer o menor sucesso", pondera.

A apresentadora também pergunta sobre o exílio e ostracismo dos artistas. "A rigor, todo artista é um solitário. É uma posição muito incômoda", define. "Quando termina um espetáculo, você é aplaudido de pé em um momento de glória e euforia. Quando as cortinas se fecham, aparecem todos os problemas que quem assistia o espetáculo não sabia", analisa Simonal que resume. "O artista não leva para casa o aplauso". O artista faleceu aos 62 anos em 2000.

Aloysio de Oliveira lembra de boas histórias em um papo repleto de música

No bloco conduzido por Hermínio Bello de Carvalho, o compositor, produtor artístico e diretor musical Aloysio de Oliveira fala sobre sua carreira no Brasil e no exterior enquanto Leny Andrade canta composições de autoria do homenageado no decorrer da conversa.

Personalidade importante que efetivamente contribuiu na internacionalização da música popular brasileira, Aloysio ficou radicado anos fora de sua terra natal, mas também fez história no pocket show do país. Era um profissional que atuava de forma diversificada em vários segmentos da produção artística nacional.

Durante o programa, Hermínio Bello de Carvalho traça um panorama sobre as realizações de Aloysio ao longo de décadas. Ele comandou produtoras que foram peças-chave na história da cena musical do país. Artista plural, Aloysio também era dublador e locutor.

O diretor musical lançou vários ícones da MPB. Além de ser responsável pela trajetória de Carmen Miranda, a Pequena Notável, nos Estados Unidos ele participou do nascimento da Bossa Nova e da difusão do cancioneiro nacional no exterior. Aloysio morreu em Los Angeles, nos Estados Unidos, aos 80 anos, em 1995.

Programas temáticos e homenagens

Apresentado pela jornalista Alessandra Lago e com direção de Henrique Lima, o programa Recordar é TV leva ao telespectador conteúdos que representam momentos importantes da memória da televisão brasileira a partir de material preservado no acervo da emissora pública com os registros feitos na época da TVE do Rio de Janeiro.

Shows, programas de auditório, grandes entrevistas, matérias jornalísticas marcantes, musicais e peças de teledramaturgia serão revisitados em nova roupagem pela atração. O objetivo é tornar esses vídeos de acervo atraentes ao grande público e alvo da curiosidade daqueles que se interessam pela história das mídias como um dos expoentes da cultura nacional.

Para as próximas semanas estão previstas edições temáticas com grandes ícones da música, além de homenagens a artistas consagrados como Nathália Timberg, Antônio Abujamra e Nelson Rodrigues, entre outros.

Serviço:
Recordar é TV - terça-feira (24), às 21h30, na TV Brasil.
Recordar é TV – terça (24) para quarta-feira (25), às 2h45, na TV Brasil.
Recordar é TV - sábado (28) para domingo (29), à 1h30, na TV Brasil.

Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.

Criado em 23/10/2017 - 15:45 e atualizado em 23/10/2017 - 15:45

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