Digite sua busca e aperte enter

Compartilhar:

Marinha critica homenagem para João Cândido

Repórter Brasil Tarde

No AR em 26/04/2024 - 13:00

Em carta enviada à Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados, o comandante da Marinha criticou projeto para incluir o nome do marinheiro João Cândido Felisberto, no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. A crítica foi contestada pelo deputado Federal Pastor Henrique Vieira, do PSOL.

João Cândido, conhecido como o Almirante Negro, foi o líder da Revolta da Chibata. A Revolta da Chibata aconteceu em 1910. Foi uma rebelião contra os castigos físicos, praticados na Marinha de Guerra do Brasil e aplicados àqueles que violavam o código de conduta da armada.

O estopim foi a punição do marujo Marcelino Rodrigues Menezes, açoitado com 250 chicotadas. O episódio levou os marinheiros a se rebelarem. Eles tomaram vários navios de guerra. Exigiram o fim dos castigos e anistia para os amotinados, caso contrário, bombardeariam o Rio de Janeiro.

O governo brasileiro aceitou as reivindicações. Mas os marinheiros acabaram traídos pelo comando da Marinha e levados presos para a Ilha das Cobras, onde vários foram mortos. João Cândido foi expulso da Marinha. Morreu pobre e velho.

A atual proposta de homenageá-lo como herói da Pátria, foi aprovada no Senado e tramita na Comissão de Cultura da Câmara. O comandante da Marinha, almirante Marcos Sampaio Olsen, enviou uma carta à comissão.

Ele reconheceu o equívoco dos castigos. Mas classificou o motim como vergonhoso. Alegou que João Cândido deixou um mau exemplo ao povo brasileiro. E chamou de abjetos, os marinheiros envolvidos na Revolta da Chibata.

Ao rebater essas críticas, o deputado Henrique Vieira, da base governista, definiu João Cândido como Símbolo de Muitos Negros e pediu que o chefe da Marinha se retratasse.

Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.

Criado em 26/04/2024 - 15:20

Últimas

O que vem por aí