Falamos agora sobre a investigação do caso do idoso de 68 anos, Paulo Roberto Braga, levado morto a atendentes de um banco no Rio pela sobrinha dele. Erika de Souza, de 42 anos, foi presa em flagrante por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver. E afirma que é inocente.
O motorista de aplicativo que levou Erika e o tio ao banco disse que o idoso estava vivo no trajeto até o banco. A audiência de custódia de Erika foi marcada para esta quinta-feira (18) às 13 horas.
Levada para a delegacia, Erika contou que pegou um Uber para ir ao banco, que teve a ajuda do motorista com a cadeira de rodas, que o tio havia solicitado um empréstimo de R$ 17 mil antes de uma internação e que, ao deixar o hospital, manifestou o desejo de sacar o dinheiro para comprar uma TV e fazer obras em casa. Segundo o registro policial, Erika estava abalada emocionalmente e sem controle dos instintos por conta dos efeitos de medicamentos de uso controlado. O motorista de aplicativo disse em depoimento que o idoso estava vivo no trajeto até o banco.
E, em depoimento, a gerente do banco disse que, ao perceber que o idoso não estava bem, pediu a Erika que o tio dela assinasse um papel antes de pegar o dinheiro. Na agência, Erika chega a conversar normalmente com o tio, como se ele estivesse vivo, segura a mão do cadáver e insiste para que assine.
E ainda orienta que a assinatura deve ser igual à que está na identidade. Os funcionários do banco desconfiaram da situação e chamaram o Samu.
O delegado do caso, Fábio Luiz de Souza, acredita que o idoso já estava morto a pelo menos duas horas. A perícia do Instituto Médico Legal afirma que não tem elementos seguros, do ponto de vista técnico e científico, para dizer que a vítima morreu no trajeto para a agência ou em seu interior. A causa da morte do idoso foi broncoaspiração de conteúdo estomacal e falência cardíaca.
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