Um juiz dos Estados Unidos proibiu a divulgação na internet de modelos para impressão de armas de fogo em impressoras 3D. Se os arquivos fossem divulgados, qualquer pessoa com acesso à rede poderia imprimir armas que passam por detectores de metal sem serem percebidas.
No entendimento do magistrado de Seattle, a divulgação dos modelos traria danos irreparáveis aos cidadãos norte-americanos. Diversos estados processaram o governo de Donald Trump depois que a Casa Branca fez um acordo com uma empresa do Texas para que os arquivos fossem liberados na internet.
Um dos advogados que apoiam a publicação afirma que o bloqueio é um desrepeito ao direito à liberdade de expressão. As armas 3D são de plástico e disparam tiros, mas não podem ser detectadas por aparelhos de segurança de estádios e aeroportos, por exemplo. Grupos favoráveis direitos de possuir armas dizem que a tecnologia não é confiável e que há um exagero nas denúncias.
O fundador do grupo que defendia a postagem dos arquivos na internet diz que a ação é uma resposta aos tratados internacionais e aos novos regimes de controle de armas. "Nós estamos criando algo novo", disse ele.
Mesmo depois do acordo entre o governo e a empresa que permitia a divulgação dos arquivos na internet, o presidente dos EUA se pronunciou sobre a questão. Trump disse que conversou com a Associação Nacional do Rifle sobre o tema e que nada parece fazer muito sentido.
Congressistas democratas criticaram a decisão do governo de permitir a publicação dos arquivos. Os parlamentares afirmam que há risco de as armas serem compradas por pessoas que não passaram por uma verificação de antecedentes criminais e que o armamento não teria número de série para investigações futuras.
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