Morreu neste sábado (18), aos 80 anos, na Suíça, o ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan. Ele foi o primeiro negro a ocupar o principal cargo da diplomacia mundial.
Nascido em 8 de abril de 1938, em Gana, Kofi Annan estudou economia nos Estados Unidos e depois relações internacionais em Genebra. Dirigiu a Organização das Nações Unidas (ONU) por dois mandatos, entre 1997 e 2006. Em sua gestão, reformou o organismo, desenvolveu campanhas de combate à Aids no continente africano e lançou o Pacto Global da ONU, um plano de incentivo a adoção de políticas sociais e sustentáveis para empresas.
Kofi Annan ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 2001, por suas ações humanitárias na África e pela busca de soluções pacíficas para os conflitos do mundo. Depois de dirigir as Nações Unidas, Annan continuou atuando diplomaticamente e serviu como enviado especial da ONU à Síria, nas tentativas de evitar a guerra no país.
Para analistas, Kofi Annan era um humanista e será lembrado pela capacidade de mediar conflitos. Mas também pelos momentos em que seus esforços diplomáticos não foram bem-sucedidos para evitar as guerras, como a do Iraque, em 2003.
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