Em dois dias, foram ouvidas mais de 60 pessoas, representantes da área de saúde, religião e direitos humanos. Na sexta-feira (3), durante a apresentação de dados do SUS, Sistema Único de Saúde, foi colocado que o aborto é a terceira principal causa de morte materna no Brasil. Outro dado apresentado foi de que uma mulher morre a cada dois dias, além das milhares de internações devido a complicações causadas por procedimentos inseguros.
Por outro lado, a legalização do aborto poderia levar a um aumento dos gastos do SUS, com a atenção básica à gestantes, que passaria dos atuais R$80 milhões, para R$500 mil, por ano.
Os representantes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que se posicionaram contra o aborto até o 3º mês de gravidez, disseram que os números sobre o assunto foram inflacionados, que o direito à vida está previsto na Constituição e que não se pode tratar do assunto ignorando a existência do bebê.
O Conselho Nacional dos Direitos Humanos se posicionou dizendo que o aborto, nessas condições, não viola o direito à vida, que ao contrário, promove o direito da mulher decidir sobre sua própria vida reprodutiva, o direito à dignidade.
Durante as audiências, o papel do Judiciário, sobre uma questão que seria do Legislativo, também foi questionado. A ministra Rosa Weber, relatora da ação do PSOL respondeu que ela não sabe qual será o resultado, mas que o julgamento do caso compete ao STF.
Ainda não há data prevista para que o caso seja levado ao Plenário.
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