A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro informou à Polícia Federal que ele vai entregar ao Tribunal de Contas da União (TCU) o conjunto de peças masculinas recebidas de presente da Arábia Saudita. Esse conjunto é avaliado em, pelo menos, R$ 400 mil e contém um relógio, uma caneta, abotoaduras, anel e um colar de contas islâmico.
As peças foram trazidas pela comitiva do ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque em 2021, não foram declaradas à Receita Federal, o que é irregular, e não foram interceptadas pela fiscalização alfandegária. A mesma comitiva trouxe outro conjunto de joias femininas, que seria um presente para a então primeira-dama Michelle Bolsonaro, avaliado em R$ 16,5 milhões e que foi confiscado pela Receita. A defesa de Bolsonaro quer que as peças fiquem sob a guarda do TCU até que o destino final seja definido.
Assim que o caso das joias veio à tona, Bolsonaro disse que não tinha pedido, não havia recebido presente algum. No entanto, na semana passada, o ex-presidente admitiu ter ficado com o presente e alegou ter feito “tudo dentro da lei”. Uma decisão do TCU, de 2016, proíbe ex-presidentes de levarem esse tipo de bem quando deixam o cargo.
O tribunal investiga o caso e já tinha proibido Bolsonaro de usar ou se desfazer das peças. O Ministério Público tinha pedido que os itens fossem devolvidos.
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