A mobilidade dentro dos grandes centros urbanos consome uma boa parte do dia da população e impacta o acesso a oportunidades de trabalho, como revela um estudo do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea).
Foram analisadas as 20 maiores cidades do país. São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília registraram os maiores níveis de congestionamentos e de impacto nas oportunidades de emprego. Em São Paulo, os engarrafamentos reduzem as chances em 40,7%. No Rio de Janeiro, em 35,1%, e na capital federal esse índice chega a 24,6%. Em contrapartida, os que são menos prejudicados nessa relação entre congestionamento e empregabilidade são os municípios de São Gonçalo, no Rio de Janeiro, com 3,2% de queda nas oportunidades de trabalho causada pelo tráfego. Em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, o impacto é de apenas 2,1% e, em Goiânia, de 0,6%.
A população de baixa renda é a mais afetada. Por causa dos custos de deslocamento, tempo gasto para chegar ao trabalho e desgaste físico durante o percurso, essa parcela da população tem as chances de conquistar uma vaga no mercado de trabalho reduzidas em 23,5% . Enquanto para os mais ricos, essa diminuição de oportunidade de emprego é de apenas 5,5%.
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