O hacker Walter Delgatti Neto foi ouvido, nesta quinta-feira (14), pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Legislativa do Distrito Federal que investiga os atos antidemocráticos. Ele disse mais uma vez que recebeu pedido, tanto do ex-presidente Jair Bolsonaro, quanto da deputada Carla Zambelli (PL-SP) para invadir as urnas eletrônicas. Segundo ele, a intenção do ex-presidente era provar, durante o ato de 7 de setembro do ano passado, que as urnas poderiam ser fraudadas. No entanto, o hacker teria afirmado que as urnas não estão ligadas à internet e não podem ser atacadas externamente.
Durante o depoimento, Degatti confirmou que a deputada prometeu um emprego a ele caso invadisse o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ele disse ainda que recebeu uma ajuda de custo da deputada no valor de R$ 40 mil. O hacker afirmou que inseriu o texto que pedia a prisão do ministro Alexandre de Moraes no sistema do CNJ e que Jair Bolsonaro deu carta branca para que ele agisse.
Em nota, a defesa da deputada Carla Zambelli novamente refutou e rechaçou qualquer acusação de prática de condutas ilícitas e ou imorais pela parlamentar. Ainda segundo a defesa de Zambelli, as versões de Delgatti mudam com os dias e, "suas distorções e invenções são recheadas de mentiras".
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