O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou, nesta segunda-feira (30) que um cessar fogo neste momento equivale a uma rendição e que mesmo as guerras mais justas têm vítimas civis não intencionais. Desde o início do conflito entre Israel e o Hamas, já morreram mais de 8,3 mil palestinos e 1,4 mil israelenses. O Exército de Israel divulgou hoje imagens de tanques dentro do território palestino e disse que, nos últimos dias, atingiu 600 alvos do Hamas e matou quatro comandantes do grupo extremista. Israel também comemorou a libertação da soldado Ori Megidish, que havia sido sequestrada pelo Hamas, e afirmou que a libertação dos outros reféns é uma prioridade das Forças de Segurança.
Há três dias Israel iniciou uma ofensiva por terra e hoje cercou a cidade de Gaza, a maior do território, com ataques por terra, pelo ar e pelo mar. Hoje também o hospital Al-Quds, o maior da região, foi parcialmente atingido por um míssil. Israel havia ordenado a evacuação do local, mas os profissionais afirmam que é impossível, já que a unidade abriga, nesse momento, 400 pacientes em cuidados intensivos, incluindo bebês, e a transferência dessas pessoas significaria a morte para muitos. Além disso, 14 mil pessoas estão abrigadas no hospital.
Sem poder sair do território, os palestinos enfrentam falta de água, comida e higiene. As organizações internacionais alertam para uma crescente crise humanitária na região.
Conselho de Segurança da ONU
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) realizou nesta segunda-feira (30) uma reunião emergencial para discutir o acirramento do conflito no Oriente Médio. O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, fez um discurso contundente e disse que a situação na Faixa de Gaza é inaceitável. Ele ainda criticou a falta de ação da ONU e do próprio conselho. A reunião foi uma das últimas atividades do Conselho de Segurança das Nações Unidas sob a presidência do Brasil. O mandato, que é rotativo, se encerra nesta terça-feira (31).
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