Israel intensifica os ataques no sul da Faixa de Gaza. As ofensivas israelenses mataram pelo menos 80 pessoas na noite de terça-feira (24). De acordo com o Ministério de Saúde, controlado pelo Hamas, já morreram mais de 6,5 mil palestinos. Cerca de 600 mil pessoas foram deslocadas para 150 instalações das Nações Unidas (ONU) na Faixa de Gaza. Do lado de Israel, as autoridades já confirmaram mais de 1,4 mil mortes em decorrência da guerra.
Durante pronunciamento nesta quarta-feira (25), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, não deu sinais de que pretende cessar-fogo. Ele anunciou que o exército israelense deve avançar por terra em breve. E destacou que, na condição de responsável pela guerra, vai induzir uma vitória esmagadora sobre o Hamas.
Em meio aos ataques, o Conselho de Segurança da ONU se reuniu mais uma vez hoje, em busca de um consenso sobre o conflito. Os Estados Unidos apresentaram um novo texto, mas, novamente, a proposta não foi aceita. Rússia e China vetaram. Os norte-americanos tentam garantir ajuda humanitária para Gaza, mas, ao mesmo tempo, não defendem um cessar-fogo imediato. Dessa vez, o Brasil se absteve.
Na diplomacia, após comentários feitos pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, o governo de Israel afirmou que suspenderá os vistos para funcionários das Nações Unidas. Na reunião do Conselho de Segurança que ocorreu ontem, Guterres disse que os ataques do Hamas a Israel não aconteceram no vácuo. A frase não agradou Israel. Sobre esse episódio, o secretário-geral da ONU respondeu que está chocado com a desinformação sobre a declaração dele. Disse ainda que a informação de que estava tentando justificar o terror promovido pelo Hamas é falsa.
Do lado palestino, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, se reuniu hoje com autoridades do Hamas e da Jihad Islâmica, para tratar da guerra. Mais detalhes ainda não foram divulgados.
Na capital de Israel, Tel Aviv, familiares promoveram um protesto pela liberação dos reféns levados pelo Hamas. Vários ursos de pelúcia foram expostos, com uma venda e sangue falso, representando cada uma das crianças sequestradas. Ao todo, 28 crianças e pelo menos 220 pessoas foram capturadas pelo Hamas em 7 de outubro.
No Vaticano, o papa Francisco, mais uma vez, fez um apelo pela liberação dos reféns e pela entrada da ajuda humanitária em Gaza. E disse que vai continuar rezando por aqueles que sofrem e tem a esperança de ter paz no Oriente Médio.
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