Mais de três anos após a pandemia de Covid 19, as familias que perderam os parentes vivem um novo drama. Cemitérios de São Paulo estão cobrando taxas que passam de R$ 800 para enterrar novamente os corpos.
Isso porque alguns corpos ainda estão preservados. O ministério público de São Paulo investiga o caso.
A Ludmila perdeu a mãe para a Covid no final de 2020. Quatro anos depois, teve de desembolsar R$ 845 para a exumação do corpo. O procedimento é padrão, mas tem se mostrado desnecessário no caso de pessoas que morreram por causa do coronavírus. E, além do gasto financeiro, tem causado sofrimento às famílias.
A exumação de corpos é feita em cemitérios públicos e particulares, três anos após o falecimento. Um familiar de primeiro grau é sempre informado antes do procedimento. O objetivo é desocupar o espaço para novos sepultamentos.
Mas, de acordo com o sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo, quase todos os corpos de vítimas da Covid-19 têm aparecido preservados na exumação, por terem sido enterrados em sacos plásticos. Nesses casos, as famílias precisam enterra-los novamente e ainda pagar o aluguel do terreno por mais três anos.
A Ludmila pagou R$ 523 para reenterrar o corpo. Valor considerado alto por ela. A gratuidade do serviço é apenas para de baixa renda cadastradas no Cadúnico e doadores de órgãos.
Em nota, as empresas responsáveis pelos cemitérios informaram que os valores dos serviços foram tabelados pela prefeitura e que cumprem o decreto estadual.
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