O governo de São Paulo anunciou que vai contratar em maio mais de 3 mil novas câmeras corporais para a polícia militar para substituir os atuais equipamentos usados pela corporação. Mas, não há data definida para isso.
O anúncio vem depois que o conselho estadual de defesa da pessoa humana do estado pediu que Ministério Público investigue o secretário de Segurança Guilherme Derrite por falta de transparência das ações policiais na Baixada Santista.
A Operação Verão, que começou em fevereiro, já deixou 53 mortos. Policiais envolvidos em algumas dessas ocorrências não usavam as câmeras.
De acordo com o anúncio, com o novo sistema de câmeras portáteis os registros de áudio e vídeo serão compartilhados automaticamente com o Ministério Público, o Poder Judiciário e demais órgãos de controle. A relação do governo de Tarcísio de Freitas com as câmeras corporais tem sido conflituosa desde a campanha eleitoral.
Ainda candidato, ele prometeu encerrar o programa. O que não aconteceu, mas houve a redistribuição dos equipamentos para patrulhas de ruas e trânsito. Houve também menor investimento na área.
Em 2023, o governo paulista cortou um quarto da verba prevista para programa de câmeras corporais. No ano passado o número de pessoas mortas pela polícia cresceu quase 40%. Passou de 256, em 2022, para 353.
Esta semana o governo paulista pediu ao Supremo Tribunal Federal que rejeite o pedido de obrigatoriedade do uso dos equipamentos pelos policiais militares. A solicitação havia sido feita pela defensoria pública.
O assunto também é acompanhado pela Procuradoria Geral da República, que enviou ao Ministério da Justiça uma sugestão de que o uso das câmeras seja obrigatório.
Em nota, as empresas responsáveis pelos cemitérios informaram que os valores dos serviços foram tabelados pela prefeitura e que cumprem o decreto estadual.
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