Em São Paulo, um professor negro foi preso acusado de participar de um roubo, no ano passado, no litoral paulista. Acontece que no mesmo dia e hora do crime, ele estava dando aula na capital paulista, a mais de 200 km do assalto.
Clayton é professor de educação física, e na segunda-feira foi intimado para prestar esclarecimentos numa delegacia na capital paulista. Chegando lá, descobriu que a justiça
Clayton foi preso porque a vítima do sequestro o reconheceu a partir de uma fotografia. A mulher de 74 anos foi roubada e sequestrada por três pessoas na manhã do dia 31 de outubro do ano passado em Iguape, no litoral paulista. Mas, nesta data e horário, o Clayton estava dando aula na escola estadual.
A escola confirmou que o professor estava em aula e disponibilizou as folhas de ponto que comprovam a presença do Clayton na instituição no momento do crime.
O advogado da defesa conta que o reconhecimento fotográfico foi a única prova utilizada para a prisão.
A cada dez pessoas presas injustamente por reconhecimento fotográfico no país, oito são negras. É o que aponta um estudo do Conselho Nacional das Defensoras e Defensores Públicos Gerais com dados entre 2012 e 2020.
Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.