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Um olhar sobre o mundo discute a paz nas Coreias

Programa conta com representantes dos dois países no Brasil

O cônsul da Coreia do Sul em São Paulo Hak You Kim e o encarregado de negócios da embaixada do Brasil na Coreia do Norte, Cleiton Schenkel, são os convidados do jornalista Moises Rabinovici no Um olhar sobre o Mundo que vai ao ar nesta segunda-feira, dia 28, às 21h45, na TV Brasil.

Ambos conversam com Rabinovici sobre o encontro entre Donald Trump e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, que aconteceria no próximo dia 12, em Singapura,  mas que foi cancelado pelo presidente norte-americano. A reunião entre os dois poderia marcar um momento muito importante para a paz na península coreana e em todo o planeta, depois da crescente tensão criada nos últimos anos, com a intensificação do programa nuclear norte-coreano e as ameaças do regime de Pyongyang de disparar seus mísseis contra os Estados Unidos ou seus aliados.

Os dois convidados falam também sobre a situação de cada um dos dois países e debatem as perspectivas, agora frustradas, que se abririam para um possível acordo entre as duas nações, criadas em 1948, com a divisão da península coreana, a parte norte controlada pelos soviéticos e pela China, enquanto o sul foi ocupado pelos Estados Unidos.

Lembram a repercussão na Coreia do Norte e na Coreia do Sul do importante movimento diplomático que aconteceu na zona desmilitarizada entre os dois países no final de abril, quando houve o histórico aperto de mãos entre o presidente sul coreano Moon Jae-in e o líder norte-coreano Kim Jong-un. Foi a primeira reunião entre líderes dos dois países em mais de uma década e inaugurou o processo de reaproximação, logo após as Olimpíadas de Inverno realizadas em Seul.

O contraste atual entre as duas Coreias fica bem evidente na conversa Rabinovici com os dois diplomatas. Enquanto o cônsul da Coreia do Sul relata um ambiente de liberdade e desenvolvimento em seu país, o encarregado de negócios do Brasil na Coreia do Norte disse que naquele país existe um isolamento em relação ao exterior e até mesmo as notícias sobre o encontro de Kim com Moon foram censuradas e liberadas em conta-gotas para os norte-coreanos. Ainda assim, segundo disse o Cleiton Schenkel, que pertence à única família brasileira que vive em Pyongyang, existe um clima de otimismo na capital da Coreia do Norte em relação às possíveis negociações para o estabelecimento de paz entre o norte e o sul.  

O encarregado de negócios do Brasil ressaltou que na Coreia do Norte, embora existam sérias discordâncias com o governo sul-coreano, não há animosidade em relação ao povo da Coreia do Sul. O grande inimigo, na visão dos norte-coreanos são mesmo os Estados Unidos, lembrados como responsáveis pela destruição do país durante a Guerra da Coreia.

O cônsul da Coreia do Sul, disse que, a seu ver, a Coreia do Norte está agora voltada para o desenvolvimento econômico e deve seguir o modelo chinês e vietnamita, mantendo-se socialista, mas buscando fazer crescer a economia. Segundo ele, no entanto, isso só será possível se o regime norte-coreano abandonar a busca por armas nucleares.  

Sobre a possibilidade de uma futura reunificação das duas Coreias, Hak You Kim afirmou que esse é um desejo dos povos dos dois países. Explicou que o povo coreano tem uma história única de cinco mil anos e que a divisão política das duas Coreias tem apenas 70 anos. "Tanto no sul como no norte queremos a reunificação. A paz contribuiria muito para o desenvolvimento econômico de toda a Coreia", explicou. 

Serviço:
Um olhar sobre o mundo -  segunda-feira, dia 28, às 21h45, na TV Brasil 

Da Gerência de Comunicação Institucional
Empresa Brasil de Comunicação - EBC
Contato: (21) 2117-6818

Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.

Criado em 25/05/2018 - 17:15 e atualizado em 25/05/2018 - 17:15

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