O Conhecendo Museus desta semana visita o Museu da Inconfidência, na histórica Ouro Preto, em Minas Gerais. Localizado na praça Tiradentes, na antiga Casa de Câmara e Cadeia de Vila Rica, o espaço guarda e resgata a memória da luta de um Brasil independente. Cada visitante se identifica com o sentido de liberdade expressa nas obras. É uma instituição afinada com o seu tempo, pois preserva o passado pensando no futuro.
O Museu foi criado em 1936 com o objeivo de resgatar os restos mortais dos participantes da Inconfidência degredados para a África, para que fossem trazidos de volta ao Brasil. Os ossos que puderam ser exumados chegaram em 1937. Numa época em que o resgate da memória brasileira começava a se tornar prioridade tanto para governo quanto para intelectuais, o local para depósito daquelas relíquias só poderia ser Ouro Preto.
Oficialmente o museu teve sua data de inauguração em 11 de agosto de 1944 após as devidas reformas na Casa de Câmara e Cadeia de Vila Rica. Hoje, o Museu da Inconfidência abriga três anexos com atividades administrativas, de restauração e conservação, pesquisa e interação com a comunidade.
As câmeras do programa vão passear pela exposição permanente, que possui objetos que mostram a infraestrutura de Ouro Preto, os meios de transporte, a mineração e a evidência da igreja. Também vão mostrar objetos e documentos históricos, como o traslado de época de 72 peças processuais dos Autos de Devassa, além do sétimo e último volume, que contém a sentença condenatória dos inconfidentes e a certidão da execução de Tiradentes. Na Sala dos Inconfidentes, estão objetos pessoais dos conjurados. O relógio que pertenceu a Tiradentes, vestes e paramentos que pertenceram ao padre Manuel Rodrigues da Costa, entre muitas outras coisas.
Formado por mais de quatro mil peças, o acervo do Museu da Inconfidência possui exemplares de praticamente todas as esferas da vida sociocultural mineira dos séculos XVIII e XIX. A importância dos objetos de arte que compõem a atual exposição chama a atenção também por sua autoria. Ali estão obras de Antônio Francisco Lisboa (Aleijadinho), Francisco Vieira Servas, Francisco Xavier de Brito, Manoel da Costa Athaide, João Nepomuceno, Armand Julien Pallière, dentre outros.
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