Por muito tempo, os meios de comunicação – refletindo a postura de boa parte da sociedade ocidental – fizeram o possível para desvalorizar qualquer estética que remetesse aos africanos. Estabeleciam que o cabelo das pessoas negras era intrinsecamente feio. O racismo presente na estética teve efeitos duradouros para os afrodescendentes, que precisam hoje afirmar sua identidade no aspecto visual também.
Forte símbolo identitário e comportamental, o cabelo indica a pessoa e o grupo a que pertence, compondo um sistema complexo de linguagem em todas as civilizações. Nas culturas de origem banta, especialmente, passaram a ter um peso importante no sentido de resgatar a memória cultural de origem africana.
"Várias civilizações africanas se identificavam através de seus penteados. Era possível identificar o príncipe, a rainha, quem estava solteiro, quem estava casado... Tudo isso através do penteado", explica a atriz e pedagoga Jana Guinond, integrante da ONG Estimativa, do Rio de Janeiro.
Produção: Luiz Antônio Pilar, Marta Passos
Roteiro: Gabriela Amaral
Direção de Fotografia: Antonio Luiz Mendes
Montagem: Snir Wein, Sofia Karam
Trilha Sonora: Fernando Moura
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