No programa Espaço Público, desta semana, o senador oposicionista Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) comenta o julgamento das contas do governo Dilma Rousseff pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Ele observa que a decisão da Corte não é terminativa. “Quem decide é o Congresso, então temos que nos reunir depois”, comenta, antecipando que, na opinião dele, a presidenta Dilma “cometeu irregularidades graves”.
O candidato a vice-presidente na chapa de Aécio Neves (PSDB-MG) nas últimas eleições presidenciais também fala sobre as denúncias contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Segundo o Ministério Público (MP) da Suíça, o deputado tem contas em um banco no país. As suspeitas são de lavagem de dinheiro, corrupção e recebimento de propina no âmbito da Operação Lava Jato. Para Aloysio Nunes, as acusações são graves. E caso sejam comprovadas, a posição de Cunha ficará “insustentável”.
O senador, que começou a fazer política na militância estudantil e participou da resistência à ditadura militar de 1964 nas fileiras de uma das organizações de guerrilha mais estruturadas da época, a Ação Libertadora Nacional (ALN), hoje avalia essa fase da vida dele como “um erro brutal, gravíssimo”. Uma das justificativas apresentadas para a mudança de opinião é a “perda de vidas”. Outra, ter dado pretexto para o recrudescimento do regime. Por fim, Aloysio Nunes sustenta que a luta armada contra a ditadura foi travada “a partir de uma perspectiva que não era democrática”.
No programa, o senador também fala sobre as declarações do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, que, no Twitter, criticou o comportamento de políticos que “só pensam numa coisa: no dinheiro das empresas”. Aloysio Nunes considera o julgamento “muito severo” e critica a generalização: “Generaliza casos que são graves, são constrangedores, mas que não caracterizam todos os políticos”.
O Espaço Público é apresentado pelos jornalistas Paulo Moreira Leite e Florestan Fernandes Júnior e teve como jornalista convidada a repórter Luciana Lima, do Portal IG.
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