O novo especial da série O impeachment e a luta pela democracia, que a TV Brasil exibe às 10 horas da noite deste sábado 7 de maio, debate as perspectivas, em um eventual governo Michel Temer, dos programas sociais implantados no Brasil nos últimos anos, como o Bolsa Família. O programa reuniu o senador Cristovam Buarque (PPS-DF), que horas antes votara pela admissibilidade do processo de impeachment no Senado Federal, a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, e o economista Renato Meirelles, presidente do Instituto Data Popular.
Para a ministra Tereza Campello, programas sociais não são variáveis de ajuste fiscal. Ela lembrou os cinco anos de seca atravessados recentemente pela Região Nordeste do país, sem que houvesse saques nem invasões, e avaliou que sem a rede de proteção social elaborada desde o governo Lula, teria sido uma tragédia. Segundo ela, a Travessia Social, ora proposta, é, na verdade, o programa do senador Aécio Neves (PSDB-MG), derrotado nas urnas, inclusive com o mesmo nome.
O senador Cristovam Buarque – que ressaltou ter votado pela admissibilidade do processo de impeachment, mas ainda não estar convencido quanto ao mérito da questão –, criticou o vice-presidente Michel Temer, por já estar montando governo, e previu que ele perderá apoios no Senado se começar a mexer em políticas sociais. Renato Meirelles foi mais longe: disse que um Estado mínimo sofrerá grande resistência na opinião píblica.
Segundo Meirelles, 64,5% da população acham que querem afastar a presidente Dilma apenas para tomarem o lugar dela. Na opinião dele, se a economia do país estivesse bem, não houvesse desemprego, não haveria pressão pelo impeachment. Nesse mesmo sentido, o senador Cristovam Buarque avaliou que, com a economia bem, "as pedaladas fiscais não iam levar a esse impacto todo".
Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.
