A atual edição do Campeonato Brasileiro certamente será diferente das anteriores. Assim como muitas outras coisas no nosso país, ela, efetivamente, só vai começar depois da Copa do Mundo. Pela primeira vez, desde que o atual formato foi implantado, o campeonato vai parar após a 10ª rodada e reiniciar depois do Mundial da Alemanha. E, aí, algumas equipes, como normalmente acontece, poderão estar sem seus principais jogadores, negociados para o exterior.
Devemos levar em consideração, também, que São Paulo, Palmeiras, Corinthians, Goiás e Internacional estão com as atenções voltadas para a Libertadores, da mesma forma que Flamengo, Fluminense, Vasco, Cruzeiro e Santos dividem-se entre o Brasileiro e a Copa do Brasil. Ou seja, muita gente não está se dedicando como deve, o que acontecerá ao final dessas disputas em paralelo.
O início da disputa, para os times do Rio, tem sido promissor. À exceção da goleada sofrida pelo Botafogo para o Atlético Paranaense, em pleno Maracanã, os demais resultados não têm sido tão desalentadores quanto no passado. Quem está devendo, de fato, são os estrangeiros. No ano passado, a seleção do campeonato teve quatro jogadores de fora do Brasil. Mas esse ano, ao menos até agora, nenhum faz jus à escolha.
No Rio, por exemplo, Peralta e Ramirez, no Flamengo, decepcionam. Peralta nem mesmo consegue ser relacionado para os jogos. E o que dizer do craque Petkovic, que há algum tempo deixou de ser a referência em campo para o Fluminense?
O argentino Tevez também ainda não brilhou pelo Corinthians no Brasileirão. E o paraguaio Gamarra, no Palmeiras, já não tem demonstrado a segurança de tempos passados. Maldonado, do Santos, ainda nem estreou. Lugano, do São Paulo, não repete suas boas atuações. O Internacional tem quatro "forasteiros" e nenhum deles é titular. Segundo o ranking do DataFolha, os estrangeiros sumiram das listas dos melhores, em todos os fundamentos apurados pelo instituto.
Mais uma prova de quão diferente está a atual edição do Campeonato Brasileiro.
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