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Recursos Humanos

Um paralelo entre as vítimas das guerras brasileiras e o uso da mão de

Lutas.doc

No AR em 20/03/2013 - 02:30

A ex-vereadora por São Paulo, Soninha"O Brasil não pode ser entendido sem a compreensão da escravidão", diz a professora Laura de Mello e Souza, em entrevista no segundo episódio da série Lutas. Doc, que será exibido nesta terça, 19, às 23h30. Recursos Humanos enfoca como era a vida dos escravos no Brasil e como eles foram tratados pelas outras classes sociais. Os escravos foram libertados no país em 1888.

Muitos historiadores notáveis, economistas e, até dois ex-presidentes, falam sobre a escravidão que teve efeitos sobre a história do Brasil. O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva fala sobre como a elite do Nordeste queria libertar os escravos em 1817, na Revolução Pernambucana. Mas, muitos setores das classes superiores se opuseram porque temiam que os escravos se revoltassem.

"Nunca houve uma preparação intelectual dos escravos no Brasil, como aconteceu nos Estados Unidos com a Guerra Civil", observa o historiador Eduardo Gianetti. "Levamos mais de um século para integrar escravos na força de trabalho, mas não devemos ser orgulhosos, devemos ter vergonha."

Na tela da TV Brasil, uma reflexão que traça o paralelo entre as vítimas das guerras brasileiras e o uso da mão de obra. Os entrevistados questionam também quem é a elite brasileira e como se dá, e ainda se existe democracia racial no país. Alguns destacam os fenômenos que produziram a escravidão como um "negócio" e seus reflexos na atualidade. Também analisam e refletem sobre como mecanismos sofisticados mantêm dezenas de milhões de trabalhadores como reserva de mão de obra barata ao longo dos séculos.

Para chegar ao significado de "trabalho", os depoimentos costuram hipóteses para compreender como funciona o aparelho ideológico que legitima a vida de trabalhadores que, ontem, estavam em navios negreiros e aldeamentos jesuítas, mas, hoje, aceitam trafegar em ônibus lotados do trabalho às moradias em bairros de periferia dasgrandes cidades. Comentam a eficiência dos discursos que, ao transformar escravos em "recursos humanos", reduz o impacto da linguagem e legitima a realidade, diminuindo a percepção de violência.

Além do sociólogo Luis Mir, participam deste episódio o psicanalista Contardo Calligaris, o economista Eduardo Giannetti, a professora de filosofia Olgária Matos, o jornalista Gilberto Dimenstein, o pensador José Júnior, do AffroReggae; os historiadores John Monteiro, Pedro Puntoni e Laura de Mello e Souza; a então vereadora Soninha Francine, a escritora e ex-moradora de rua Esmeralda Ortiz; a ex-senadora Marina Silva, além dos ex-presidentes Luis Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso.




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Criado em 07/08/2011 - 13:16 e atualizado em 12/03/2013 - 17:42

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