A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (1º), a Operação Benesse, uma nova etapa da investigação, que apura fraudes em licitações, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). A empresa pública é vinculada ao ministério da integração e do desenvolvimento regional. As irregularidades teriam ocorrido em obras realizadas em três municípios do Maranhão.
Essa operação aconteceu pela manhã e teve mais desdobramentos ao longo do dia, envolvendo Luanna Rezende, irmã do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, e prefeita de Vitorino Freire, uma das 3 cidades maranhenses onde a PF cumpriu, hoje, 12 mandados de busca e apreensão pra apurar as irregularidades.
Luanna Freire já foi afastada do cargo de prefeita por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso. Já o irmão dela, o ministro das Comunicações, não foi alvo dessa operação, mas é investigado no caso que envolve desvios e lavagem de dinheiro vindo de emendas parlamentares na Codevasf do Maranhão. O recurso teria sido liberado pelo ministro Juscelino Filho na época em que ele era deputado federal e foi direcionado para a prefeitura de Vitorino Freire, que tinha Luanna como prefeita. A suspeita da PF é que o dinheiro tenha sido usado pra asfaltar uma rodovia que leva a fazenda da família.
O que dizem os investigados
Luanna Rezende afirma que a pavimentação atendeu interesses de comunidades do município e que o recurso vindo de emenda parlamentar é legítimo.
Em nota, o ministro das Comunicações nega irregularidades. E afirma que as emendas parlamentares são instrumentos legítimos e democráticos do Congresso Nacional.
A Codevasf disse que colabora com as investigações e que demitiu um funcionário em agosto, após conclusão de processo interno.
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