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100 anos da guerra que não acabou

Programa volta ao passado e analisa a participação da mídia durante o

Observatório da Imprensa

No AR em 05/08/2014 - 23:00

Pauta

Editorial

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Pauta:

O início da Primeira Guerra Mundial completa 100 anos em agosto, mas os conflitos que levaram milhões às trincheiras permanecem em discussão e cada vez mais atuais. O mundo ainda convive com xenofobismos, extrema direita e separatismos, principalmente na Europa.

A batalha que começou com o assassinato do arquiduque Franz Ferdinand, herdeiro do trono austro-húngaro, em Sarajevo, alcançou as maiores potências europeias, a África e a América e ceifou cerca de 20 milhões de vidas. A primeira guerra testou no front novas armas, tanques, gases letais e as trincheiras de arame farpado. O aparato parecia infalível e todos acharam que a guerra acabaria em semanas, mas durou 4 anos.

A imprensa foi mais um personagem nesta luta entre nações. Os jornais abusaram da censura e do controle de informações com correspondentes proibidos de pisar no campo de batalha. A decisão levou os jornalistas, inconformados com a falta de liberdade, a entrar em greve. O cinema, com duas décadas de vida, também é mobilizado e veste o uniforme de batalha. Começa a primeira guerra midiática.

Entre milhares de baixas, feridos e pobreza extrema, surgem os pacifistas. São jornalistas, escritores, sindicalistas e socialistas que gritam por paz, assim como as mulheres sufragistas que brigam pelo direito ao voto.

 

Editorial:

Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.

Ela foi chamada de belle époque, também de dourada era da segurança, os mais céticos preferem classificar o período como o alegre apocalipse. A exposição mundial de Paris, em 1900, exibiu as maravilhas da eletricidade com a iluminação da Torre Eiffel. As novas tecnologias despertaram novas energias e fortíssimas ambições. O avião, os transatlânticos, automóveis, o metrô, o cinema, o Rádio e os avanços da medicina simbolizavam um progresso, uma paz que imaginava-se jamais seria revertida. Nos subterrâneos deste mundo excitante e refinado, um vulcão roncava, emitia avisos que poucos queriam escutar.

Alfred Nobel, o inventor da dinamite, primeira arma de destruição em massa, captou esses sinais, assumiu-se como pacifista e no testamento deixou recursos para a concessão de cinco prêmios anuais, um deles o Nobel da Paz, concedido pela primeira vez em 1901.

Se os esforços pela paz precisavam ser estimulados e premiados, significa que a guerra era uma ameaça concreta, assustadora. Conflitos bélicos não acontecem por acaso. Os contenciosos acendem diversos pavios, até que um deles chega ao barril de pólvora mais próximo.

O que aconteceu no verão europeu de 1914 vinha sendo articulado há décadas. A inauguração do Canal de Suez, em 1869, abalou em definitivo o império otomano. O conflito franco-prussiano, de 1870, tirou da França uma rica fatia de território. O paroxismo ideológico deslanchado pelo caso Dreyfus, em 1894, forneceu a munição.

Mas foi a crença de que novas tecnologias são suficientes para garantir a paz e o progresso, o principal equívoco cometido nesse xadrez.

A serviço do rancor, os milagres da ciência convertem-se em pesadelo.

 

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Apresentação: Alberto Dines

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Criado em 30/07/2014 - 13:48 e atualizado em 08/08/2014 - 17:00

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