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Linchamento e mídia

Programa analisa responsabilidade da imprensa na amplificação de

Observatório da Imprensa

No AR em 13/05/2014 - 23:00

Pauta

Editorial

Dos Telespectadores

Assista na Íntegra

 

Pauta:

Boatos e ofensas divulgados por redes sociais já causaram traumas, agressões e até a morte de pessoas inocentes. O mais recente caso ocorreu no Guarujá e levou à morte da dona de casa Fabiane de Jesus, que foi linchada por seus vizinhos, que registraram o fato em vídeo.

Fabiane foi confundida com uma sequestradora de crianças, através de um retrato falado extraoficial publicado na página “Guarujá alerta” do Facebook. A página, com mais de 55 mil seguidores, é uma referência na região como uma prestadora de serviço para a população local.

O caso da dona de casa chocou a sociedade, mas não é raro. Só neste último ano, seis justiçamentos receberam destaque da grande mídia. Especialistas ouvidos ressaltaram o aumento da agressividade numa sociedade que protesta contras as instituições organizadas.

Para debater o assunto, Alberto Dines conta com a participação dos jornalistas Eugênio Bucci e Fernando Molica e do filósofo Renato Janine Ribeiro.

 

Editorial:

Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.

A escalada não é de violência, é de crueldade. Uma aberração que não se mede com estatísticas, mas com sustos contínuos e a incontrolável sensação de pavor. A cada dia uma brutalidade diferente. A mais recente, na periferia de São Paulo, resultou no assalto a uma kombi, o aprisionamento do motorista dentro do veículo logo incendiado pelos bandidos. A vítima teve 90% do corpo queimado.

Permanece emblemático o linchamento de uma dona de casa de 33 anos, mãe de duas filhas, perto do charmoso balneário do Guarujá, no litoral de São Paulo. Irresponsavelmente denunciada na internet como sequestradora de crianças para sacrifício em rituais religiosos, o assassinato de Fabiane de Jesus representa a ruína do estado de direito, a descrença na justiça e a entronização do justiçamento sumário. É o ser humano no seu estágio mais primitivo, o da besta em sua matilha.

Tão antigo como a condição humana, o linchamento tornou-se prática comum no Brasil. Segundo o sociólogo José de Souza Martins, somos campeões na modalidade, com três a quatro episódios por semana.

A sociedade cordial deu nisso? Onde meteram-se a bonomia, alegria e tolerância, cantadas em prosa e verso? A tecnologia vai nos levar de volta às cavernas?

Se você não gosta de cenas violentas não precisa assistir à reportagem que se segue. Mas não deixe de participar deste debate: estamos falando de você, sua família, seu presente e futuro.

 

Dos Telespectadores:

Telefonemas:

Tereza de Lima, Franco da Rocha / SP
A polícia civil é violenta demais. Morei muitos anos próximo à periferia de Caieiras e via a atitude dos policiais. A própria polícia é agressiva quando prende. É um Estado omisso e violento na figura da polícia.

Lúcia Helena Machiolli, Vila Velha / ES – Analista de Sistemas
É possível a imprensa colaborar na prevenção de crimes?

Waldeci Amaro, Belém / PA - Sociólogo
Até que ponto os meios de comunicação estão, realmente, incitando esse tipo de violência? Vocês acham que essas pessoas que praticaram essa barbárie foram na onda do “oba oba” com vontade de fazer justiça ou foram conscientes do que faziam, movidos pela mídia?

 

Assista na Íntegra:




Apresentação: Alberto Dines

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Criado em 08/05/2014 - 17:10 e atualizado em 16/05/2014 - 15:30

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