Pauta:
A mídia cobre os protestos com amplo destaque, mas continua perplexa diante da crescente violência que assusta estudiosos e políticos. Enquanto a presidente Dilma Rousseff condenou no twitter as “barbáries antidemocráticas”; o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, estuda federalizar as investigações sobre os atos de vandalismo; e o secretário-geral da presidência, ministro Gilberto Carvalho, defendeu o diálogo com os black blocs.
A sociedade já demonstrou que apoia as manifestações pacíficas, mas repudia o vandalismo. Preocupados com a escalada da violência, especialistas debatem o fenômeno que transcendeu a reivindicação pelo transporte público. Hoje, líderes do crime organizado, partidários, estudantes, black blocs e outros se juntaram nos protestos para disseminar a violência.
Para os jornalistas, o saldo é assustador: desde junho deste ano, 102 profissionais de imprensa foram agredidos nas ruas por policiais e manifestantes.
Para debater o assunto, Alberto Dines recebe o desembargador Wálter Maierovitch, o jornalista João Bosco Rabello e o tenente-coronel da PM, Adilson Paes de Souza.
Editorial:
Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.
A presidente Dilma Roussef escolheu palavras fortes, inequívocas. Primeiro classificou as depredações como “barbárie” e, no dia seguinte, para que não restasse algum dúvida, foi adiante e designou os manifestantes que apelam para a violência como “fascistas”.
O fascismo é subversivo, confronta o Estado de Direito. Em pouco mais de quatro meses, as jornadas de junho mudaram de tamanho, intensidade e status: eram milhões nas ruas e agora a participação é de algumas dezenas de militantes, visivelmente treinados. Majoritariamente pacíficas no início, passaram a ser ameaçadoras. Justas e espontâneas na fase um, parecem orquestradas e infiltradas por facções criminosas na fase dois.
A um ano das eleições presidenciais esta turbulência corre o risco de agravar-se. Por outro lado, a nova dimensão dos conflitos de rua desvenda uma sucessão de problemas crônicos no tocante à violência e segurança.
Numa democracia, a truculência não se combate com truculência. Mas se o Estado e a sociedade não exibem um mínimo de determinação, tudo desanda. No entanto, se a população vai à rua para protestar é porque não tem outros canais para se manifestar, não tem a quem recorrer.
Não estamos à beira de um vulcão, nem corremos o risco de terremotos ou tsunamis. Mas convém não enfiar a cabeça na areia e fingir que nada está acontecendo. Esta edição do Observatório da Imprensa é a prova de que algo se move.
Dos Telespectadores:
Telefonemas:
Denis Tadeu, São Fidélis / RJ
Quais as consequências da desmilitarização da polícia?
Maria de Nazaré, Fortaleza / CE
Os Black Blocs são pagos pelo próprio PT para desmoralizar o poder do PSDB em São Paulo e o Cabral e o Paes no Rio.
David Pereira, São Paulo
Será que o Estado está com medo de enfrentar esses grupos organizados como os Black Blocs e PCC?
Assista na Íntegra:
Apresentação: Alberto Dines
Como assistir
Participe
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