Pauta:
O Observatório da Imprensa da próxima semana vai debater o futuro da telefonia celular no Brasil, analisando suas carências e possibilidades.
As restrições impostas pela Anatel a três operadoras de celulares mostram o quanto o setor necessita de investimentos. Enquanto milhões de reais são gastos em propagandas que estimulam o uso de celulares e outros gadgets - com funções que vão muito além da simples telefonia, problemas técnicos impedem que os usuários possam desfrutar dos recursos oferecidos.
É certo que o acesso à informação através desses pequenos aparelhos é um caminho irreversível, mas no Brasil, esse caminho ainda está longe de ser satisfatório.
Para discutir essas questões, Alberto Dines recebe nos estúdios, no Rio de Janeiro, as jornalistas Cora Rónai e Elvira Lobato. O debate conta ainda com outros especialistas no assunto que foram entrevistados pelo programa.
Editorial:
Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.
"Caiu o sistema", "perdemos o contato", "este número não existe" - a telefonia móvel no Brasil seria uma espetacular história de sucesso, não fossem estes bordões tão repetidos e desesperadores para tanta gente.
Em boa hora, o Brasil soube livrar-se das amarras do estatismo e privatizou a telefonia no país, mas esqueceu de dar o passo indispensável logo em seguida: regular e fiscalizar o mercado. Acreditamos na balela do capitalismo selvagem de que a dinâmica empresarial é capaz de atender o interesse público. Não é.
A prova foi dada há poucas semanas quando, pressionada pelo governo, a Anatel foi obrigada a prestar atenção ao número de reclamações e interviu neste senhor todo poderoso chamado mercado. Três importantes operadoras de telefonia foram punidas, mas o castigo foi rápido, se durasse mais, elas teriam quebrado.
A mídia brasileira foi talvez o setor que mais se beneficiou com a expansão da telefonia: ganhou novas plataformas para oferecer conteúdos, mas ganhou sobretudo muita grana já que os celulares são os produtos mais anunciados na mídia impressa. Mais anunciados e os menos fiscalizados pela própria mídia. Se nossos jornais, rádios e emissoras de Tv acompanhassem o número de reclamações no Procon - como seria de se esperar - não teriam sido surpreendidos pela intervenção da Anatel.
A situação está longe de ser resolvida e para ser resolvida é indispensável que a mídia tradicional assuma suas responsabilidades históricas.
Dos Telespectadores:
E-mails:
Camyllo Mesquita, Niterói / RJ
Gostaria que fosse perguntado ou comentado por que não existe um padrão de planos oferecidos entre as operadoras para podermos fazer a comparação entre elas.
Wilmar T. Freitas
Caro Jornalista Alberto Dines, você não acha muita ingenuidade pensar que um jornalista iria fazer uma reportagem demeritória contra os maiores anunciantes da TV e radiodifusão brasileiras, as operadoras de telefonia celular? Os chefes de redação bloqueiam. É assim que funciona. Já imaginou a cara do Faustão se um repórter da Globo apontar as deficiências da companhia que ele e as graciosas moças anunciam todo domingo? O problema não são jornalistas sem conhecimento. O problema é o poder do anunciante.
Telefonemas:
Heder Lira, Jaboatão dos Guararapes / PE
Tenho um telefone há quatro anos cuja linha foi repentinamente desativada. Já recorri à operadora e à Anatel e não obtive nenhum resultado. O que fazer?
Guilherme Máximo, Rio de Janeiro
Ligo para reclamar da minha conta e a Claro diz que meu número não existe.
Almir Rodrigues, Manaus / AM
Muitas vezes coloquei créditos no meu celular Vivo e eles não foram contabilizados.
Fernando Henrique, Rio de Janeiro
O que está faltando para acabar com o prazo de validade do cartão pré-pago?
Fernando Freitas, Belo Horizonte / MG
A Anatel não demorou muito para agir? E em relação aos problemas nas operadoras de TV fechada, nada será feito?
Alberti Soares, Itaipava / RJ
Foi justo a Vivo não ser punida?
Rafael Argenta, Recife / PE
Por que a Anatel permite que as operadoras tratem os consumidores como lixo?
Assista na Íntegra:
Apresentação: Alberto Dines
Como assistir
Participe
Arquivo dos programas anteriores à 29 de maio de 2012
OI nas redes sociais:
Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.