Pauta:
Excepcionalmente, devido à trágica morte do cineasta, estamos reprisando a entrevista especial de Alberto Dines com Eduardo Coutinho, um dos mais premiados diretores de documentários do país e que, acima de tudo, foi um profissional de mídia.
Em uma conversa descontraída, Dines e Coutinho discorreram sobre televisão, jornalismo impresso e internet, além de avaliarem o poder das telenovelas na sociedade brasileira.
O documentarista fez também uma dura crítica aos intelectuais - considerados por ele, normalmente, cobertos de empáfia. Eles analisaram ainda o quadro de concessões das emissoras de TV, hoje, nas mãos de várias igrejas.
O diretor de Cabra Marcado para Morrer finalizou o programa dizendo que “não faz filmes para mudar o mundo” e considera que “não precisa de uma utopia para viver, basta viver.”
Editorial:
Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.
Na série de especiais dedicados aos 15 anos deste programa, tivemos uma figura extraordinária, uma das vozes mais veementes e críticas do cinema nacional, da mídia nacional, da cena cultural brasileira, infelizmente pouco ouvida, mas quando ouvida, incômoda.
Na semana passada, tivemos o privilégio de reviver aquele empolgante encontro com o cineasta Eduardo Coutinho. Hoje, uma tragédia nos impõe a obrigação de ressuscitá-lo com toda a sua grandeza, nobreza, vitalidade. Suas convicções e, sobretudo, sua independência.
Veterano jornalista da mídia impressa e profissional de tv, Eduardo Coutinho encarna a nossa mídia, é o seu ícone e não apenas pelo sangrento desfecho do último domingo.
Nas homenagens que a imprensa prestou, pouco se lembrou das suas obras mais recentes: um painel documentário de dezenove horas. Sim, dezenove horas. Um retrato arrasador da tv brasileira, exibido uma única vez para trezentos privilegiados numa versão de noventa minutos.
Se a mídia brasileira pretende prestar uma homenagem sincera e autêntica a Eduardo Coutinho deve movimentar-se e autorizar a exibição deste monumento cinematográfico. Será uma demonstração de maturidade e grandeza de uma indústria que raramente assume o seu papel de inspiradora de superações e de avanços.
Com a palavra, Eduardo Coutinho, um cabra marcado para viver, o homem-verdade.
Assista na Íntegra:
Apresentação: Alberto Dines
Como assistir
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Arquivo dos programas anteriores à 29 de maio de 2012
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